Cientistas estimam que existe uma chance em 2.700 de o asteroide se chocar de maneira catastrófica com o planeta daqui a 166 anos
A Osiris-Rex, sonda de exploração do espaço profundo da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), chegou na segunda-feira (3) a uma distância de poucos quilômetros de seu destino, um asteroide do tamanho de um arranha-céu que pode ter compostos orgânicos fundamentais para a vida –e também o potencial de colidir com a Terra em cerca de 150 anos.
Lançada em setembro de 2016, a Osiris-Rex iniciou a missão inédita de sete anos para analisar de perto o asteroide Bennu, coletar uma amostra de sua superfície e levar o material de volta à Terra para estudos.
O Bennu, uma massa rochosa de cerca de 500 metros de largura, orbita o sol praticamente à mesma distância da Terra, e pode ser rico em moléculas orgânicas baseadas em carbono que datam dos primeiros dias do sistema solar. A água, outro componente vital para a evolução da vida, também pode estar presente nos minerais do asteroide.
Cientistas acreditam que asteroides e cometas que caíram na Terra em seu período inicial liberaram compostos orgânicos e água, semeando o planeta para a vida, e análises atômicas de amostras do Bennu podem ajudar a provar essa teoria.
Mas existe uma outra razão, mais existencial, para se estudar Bennu.
Cientistas estimam que existe uma chance em 2.700 de o asteroide se chocar de maneira catastrófica com a Terra daqui a 166 anos –probabilidade que colocou o Bennu no segundo lugar de um catálogo da Nasa com 72 objetos próximos da Terra potencialmente capazes de caírem no planeta.
A Osiris-Rex ajudará os cientistas a entenderem como o calor radiado do sol está conduzindo o Bennu em uma rota cada vez mais ameaçadora através do sistema solar.