FOLHAPRESS
Um dos quatro réus condenados pelo incêndio na boate Kiss, que causou a morte de 242 pessoas em 2013, foi autorizado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a cumprir a pena em regime aberto.
Elissandro Spohr, ex-sócio da boate, que cumpria uma pena de 12 anos na Penitenciária Estadual de Canoas, deverá usar uma tornozeleira eletrônica e se apresentar regularmente à Justiça.
A Polícia Penal do Rio Grande do Sul confirmou que já instalou a tornozeleira eletrônica conforme a decisão judicial. A defesa de Elissandro ainda não se pronunciou.
Elissandro Spohr foi inicialmente condenado a 22 anos e 6 meses de prisão no julgamento de dezembro de 2021. Em agosto deste ano, sua pena foi reduzida para 12 anos após revisão das punições dos quatro condenados pelo incêndio.
Outro sócio da boate, Mauro Londero Hoffmann, também teve a pena reduzida para 12 anos, de uma condenação original de 19 anos e 6 meses. Os membros da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, tiveram suas penas ajustadas para 11 anos de prisão, contra 18 anos inicialmente.
Em setembro, o Tribunal autorizou a progressão para o regime semiaberto de Elissandro, Marcelo e Luciano.
O júri que condenou os quatro foi anulado em agosto de 2022 pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, decisão que foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça em setembro de 2023. Em fevereiro deste ano, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal reverteu essa anulação e manteve as condenações, ordenando a prisão imediata dos réus.
O incêndio na boate Kiss aconteceu em 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária, quando um artefato pirotécnico usado pela banda Gurizada Fandangueira atingiu o teto forrado irregularmente com espuma.
O fogo se espalhou rapidamente, liberando gases tóxicos devido à queima da espuma, o que causou a morte por asfixia da maioria das 242 vítimas. Além disso, outras 636 pessoas ficaram feridas.
