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quinta-feira, 18/12/2025

Sócio da boate Kiss pode cumprir pena em casa com tornozeleira eletrônica

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A Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou nesta quarta-feira, 17, que Elissandro Spohr, dono da Boate Kiss, cumpra sua pena em regime aberto. A decisão da 3ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre exige que ele utilize tornozeleira eletrônica e fique em casa das 22h às 6h. A Polícia Penal informou que a decisão já está sendo cumprida.

Elissandro Spohr foi condenado a 12 anos de prisão pela tragédia que matou 242 pessoas e feriu 636 em Santa Maria (RS) em 2013. A defesa dele preferiu não comentar a decisão.

O juiz Roberto Coutinho Borba explicou que a defesa pediu a progressão do regime ou o livramento condicional, que foi negado em setembro. O juiz considerou que o comportamento de Spohr na prisão foi exemplar e os exames sociais e psicológicos não indicam problemas.

O regime aberto permite que o condenado fique em casa, mas exige que ele tenha emprego, estude ou exerça alguma atividade autorizada.

Em setembro, a Justiça já tinha liberado Spohr e outros dois envolvidos para o regime semiaberto. Os beneficiados foram Elissandro Spohr, Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda que tocava na boate) e Luciano Bonilha Leão (ajudante da banda na noite do incêndio). Spohr é o primeiro a obter o regime aberto.

Resumo do caso da Boate Kiss

A tragédia aconteceu durante um show da banda Gurizada Fandangueira na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 27 de janeiro de 2013. 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas.

Em dezembro de 2021, os quatro réus foram condenados pelo Tribunal do Júri em Porto Alegre. A decisão chegou a ser anulada e depois confirmada pelo Supremo Tribunal Federal.

Em 26 de agosto de 2025, a Justiça reduziu as penas após argumentos dos advogados sobre a proporcionalidade das condenações e a validade das provas.

No caso de Elissandro Spohr, a pena original de 22 anos e seis meses foi reduzida para 12 anos. O vocalista Marcelo de Jesus dos Santos teve a pena diminuída de 18 para 11 anos. O produtor Luciano Bonilha Leão também teve sua pena reduzida de 18 para 11 anos.

Estadão Conteúdo

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