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quarta-feira, 13/08/2025

Sistema prisional do Distrito Federal terá protocolo PrEP para prevenir HIV

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O sistema prisional do Distrito Federal será o pioneiro no Brasil a adotar um protocolo específico para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um método importante para evitar a infecção pelo HIV. Na segunda-feira (11/8), foi criado um Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) para desenvolver esse modelo, fruto de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

De acordo com o Unaids, a taxa de HIV entre presos é 1,3 vez superior à da população geral, que é de 0,8%. O GTI contará com a participação das secretarias de Saúde e da Administração Penitenciária do DF, conforme informação confirmada ao Metrópoles pelo programa das Nações Unidas.

Objetivos do Grupo de Trabalho

  • Estabelecer um cronograma para encontros, oficinas e treinamentos relacionados à implementação do protocolo;
  • Organizar seminários com a participação conjunta das equipes de saúde e segurança no sistema prisional, sempre com base nos direitos humanos;
  • Criar indicadores para monitorar a aplicação e resultado do protocolo;
  • Realizar oficinas de capacitação para a implantação da PrEP nos presídios do Distrito Federal.

Público-alvo e importância

Segundo o Unaids, pessoas privadas de liberdade são consideradas grupo prioritário no combate ao HIV devido a fatores como superlotação, falta de higiene adequada e dificuldade na obtenção de serviços de saúde, que aumentam os riscos de contágio.

A PrEP envolve o uso diário de um comprimido que previne a contaminação pelo HIV em pessoas que não são portadoras, mas que apresentam risco elevado de exposição ao vírus. Conforme dados do programa, o método pode diminuir em até 99% as chances de infecção em relações sexuais desprotegidas e cerca de 74% quando usado por pessoas que consomem drogas injetáveis.

Além de prevenir novas infecções, a implementação desse protocolo permitirá identificar pessoas que vivem com HIV e encaminhá-las para tratamento adequado, além de facilitar o diagnóstico de sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O projeto busca incentivar que outras unidades da federação adotem políticas semelhantes para o enfrentamento do HIV em grupos específicos da população.

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