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quarta-feira, 31/12/2025

Sistema Cantareira opera em nível restrito com 20,18% de água útil

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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP-Águas) anunciaram nesta quarta-feira (31) que o Sistema Cantareira, principal fonte de água da região metropolitana de São Paulo, permanecerá funcionando na Faixa 4 – Restrição, a partir de quinta-feira (1º de janeiro).

Esta faixa é utilizada quando o volume útil do Cantareira está entre 20% e 30%. No último dia do ano, o sistema registrou 20,18% do volume útil, uma queda em relação aos 20,99% registrados no final de novembro.

O funcionamento do sistema é definido de acordo com a quantidade de água armazenada.

Como o volume ainda está acima de 20%, a operação continuará na Faixa 4 em janeiro de 2026. Caso o nível desça abaixo de 20%, o sistema mudará para a Faixa 5 – Especial, que apresenta restrições mais rigorosas.

Em comunicado oficial, a ANA e a SP Águas solicitaram que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) controle o consumo de água e apelaram para que a população economize, para evitar que o nível do sistema atinja o volume morto ou a faixa de emergência, comprometendo o abastecimento da região.

“As agências enfatizam a importância das medidas de gestão da demanda pela Sabesp nos serviços de abastecimento de água e recomendam ações aos usuários para preservar o volume nos reservatórios”, afirma a nota pública.

Limites de retirada

Com o sistema na Faixa 4, a Sabesp poderá retirar até 23 metros cúbicos por segundo para abastecimento em janeiro de 2026, conforme a Resolução Conjunta Nº 925/2017 da agência reguladora e do DAEE do estado de São Paulo.

Além desse volume, a Sabesp poderá utilizar água da bacia do Rio Paraíba do Sul, retida na Usina Hidrelétrica Jaguari, em São José dos Campos, para complementar o abastecimento, funcionando como um reforço no sistema Cantareira.

Causas

Mesmo durante o período normal de chuvas, de outubro de 2025 a maio de 2026, o volume útil do sistema não aumentou em dezembro, caindo de 20,99% para 20,18%, o que mantém o alerta sobre o consumo consciente da água.

Sobre o Cantareira

O Sistema Cantareira abastece cerca de metade da população da Região Metropolitana de São Paulo e contribui também para o abastecimento de Campinas, abrangendo as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Ele é formado por cinco reservatórios interligados: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, com capacidade total de 981,56 bilhões de litros.

Desde 2018, o sistema conta com uma conexão entre a represa Jaguari, no rio Paraíba do Sul, e a represa Atibainha, aumentando a segurança no fornecimento de água para a Grande São Paulo.

Embora todos os reservatórios estejam em território paulista, parte da água vem de rios que nascem ou passam por Minas Gerais, integrando a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Por isso, a ANA e a SP Águas monitoram diariamente os níveis de água, vazão e volume armazenado, avaliando se as regras atuais são adequadas para a gestão hídrica do sistema.

*Com informações da Agência Brasil

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