Se antes da pandemia a incidência de casos da doença estava entre 1,5% e 1,8%, desde o início da crise a porcentagem aumentou para 7,8%.
É claro que as pessoas têm se sentido mais estressadas e preocupadas durante o distanciamento social pela pandemia do novo coronavírus. Mas o estresse, normal em alguns causos, pode ser o responsável por um aumento nos casos da condição cardíaca conhecida como “síndrome do coração partido”. Se antes da pandemia a incidência de casos da doença estava entre 1,5% e 1,8%, desde o início da crise a porcentagem aumentou para 7,8%.
Um estudo publicado na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), mostra que os casos durante o surto da covid-19 aumentaram se comparados ao período anterior à pandemia. Antes do vírus alcançar proporções maiores, de 5 a 12 pacientes chegavam ao hospital apresentando miocardiopatia. Depois que os casos de SARS-CoV-2 aumentaram, 20 pacientes chegaram aos hospitais apresentando a condição causada por estresse.
Um total de 1914 pacientes com síndrome coronária aguda foram analisados e, segundo a pesquisa, até mesmo o tempo de internação pela condição aumentou durante a pandemia do que antes. Todos eles não estavam infectados pela covid-19.
O estudo foi do tipo coorte, e estudou indíviduos com características parecidas (no caso, com doenças cardíacas), em diferentes períodos de tempo.
A “doença do coração partido” têm causas emocionais e sintomas parecidos com os do infarto do miocárdio.
Essa síndrome, chamada cardiomiopatia de Takotsubo, pode aparecer quando uma pessoa tem um grande choque emocional, seja ele positivo ou não, como o fim de um relacionamento, a perda de um ente querido ou o fato de ganhar na loteria, por exemplo. Essa pessoa, então, sofre com uma sobrecarga intensa de hormônios do stress, como a adrenalina, e pode ter dores fortes no peito, falta de ar e até desmaio.
Na maioria dos casos, a vítima consegue se recuperar e não volta a apresentar o problema.