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domingo, 21/09/2025

Sindicatos cobram de Macron abandono de medidas econômicas

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Os sindicatos na França deram um ultimato nesta sexta-feira (19/9) ao novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, estipulando um prazo até quarta-feira (24/9) para que ele responda às suas demandas.

As principais centrais sindicais ameaçaram organizar uma nova rodada de manifestações no país na próxima quarta-feira (24), caso o premiê mantenha algumas das medidas de contenção de gastos propostas.

Após os protestos ocorridos na quinta-feira, os representantes das oito centrais sindicais francesas se reuniram para traçar sua estratégia diante do sucesso da mobilização, que reuniu centenas de milhares de pessoas.

Segundo os sindicatos, os protestos evidenciam a raiva e a determinação presentes em várias categorias da população. Embora o premiê tenha anunciado, na semana passada, a retirada da proposta que previa o fim de dois feriados, para as centrais sindicais, as medidas ainda são insuficientes.

Em comunicado divulgado na sexta, as organizações exigem a suspensão total do projeto apresentado neste verão pelo ex-primeiro-ministro François Bayrou. O pacote incluía cortes de 3.000 cargos públicos, reforma no seguro-desemprego, alterações no sistema de reembolso de despesas médicas, além de discussões sobre a manutenção do feriado do 1º de Maio.

Reunidos pela primeira vez desde 2023 na mobilização contra a reforma da Previdência, os sindicatos continuam cobrando o fim do aumento da idade legal para aposentadoria, prevista para 64 anos. Alertaram que, caso não recebam resposta até 24 de setembro, decidirão rapidamente sobre novos dias de greve e protestos.

Além disso, as centrais pedem abertura de negociações salariais em todos os setores e empresas. Marylise Léon, líder do maior sindicato do país, o CFDT, declarou em entrevista à rádio RTL que a redução do déficit não deve recair somente sobre os trabalhadores.

De acordo com Marylise Léon, agora a responsabilidade está com o primeiro-ministro, que havia sinalizado disposição para diálogo, esperando provas concretas.

Sophie Binet, líder da CGT, reforçou em entrevista ao canal France 5 que os sindicatos estão fortes e exigem respostas imediatas, afirmando que não baixarão a guarda até obterem vitória.

Após as recentes manifestações, Sébastien Lecornu anunciou que vai receber novamente as forças sindicais para iniciar negociações sérias baseadas nas reivindicações feitas.

Na avaliação do ex-presidente François Hollande, avanços nessas negociações impactarão positivamente no debate orçamentário e no projeto de financiamento da seguridade social, enquanto conflitos prolongados podem dificultar essas discussões.

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