Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostra que 40 servidores foram demitidos nos últimos quatro anos após investigação da corregedoria da pasta. De acordo com a pasta, 14 profissionais eram médicos. Entre os motivos mais comuns para o desligamento estão recusa em atender pacientes, má prestação do serviço e ausências injustificadas.
Em um dos casos, uma médica contratada apenas para dar plantões de final de semana apresentou 53 atestados ao longo de um ano. A investigação feita pela corregedoria apontou que a profissional faltava por outros motivos que não doença.
“A secretaria nunca compactuou com este tipo de coisa”, declarou a titular da pasta, Marília Coelho Cunha.
Até agora, a pasta abriu 793 processos disciplinares e fez 754 auditorias. As primeiras investigações começaram em fevereiro de 2011, quando a Corregedoria da Saúde foi criada. As últimas demissões foram publicados no Diário Oficial desta quarta-feira (19).
Casos
A secretaria informou que não poderia informar quais investigações terminaram em demissão porque os processos são sigilosos. Entre as sindicâncias abertas nos últimos quatro anos estão a investigação sobre a conduta do médico que foi flagrado tirando selfies durante o plantão noturno do Hospital Regional de Planaltina e da plantonista que discutiu com bombeiros após a corporação transportar uma paciente em estado grave ao Hospital Regional de Ceilândia. A paciente morreu.
A mesma profissional já tinha aparecido em um vídeo gritando com uma pessoa no corredor da instituição, depois de um bate-boca com a acompanhante de uma paciente.
Também foi alvo de apuração a postura do médico que foi filmado observando uma mulher desmaiada na porta do consultório, no Gama, sem se levantar da cadeira para atendê-la. A paciente acabou sendo carregada no banco para dentro do consultório.
Em outro caso na mesma unidade de saúde, enfermeiras foram flagradas arrastando um homem que desmaiou, caiu no chão e cortou a testa enquanto aguardava atendimento na emergência.
Fonte: G1