A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) organizou, na noite da última quarta-feira (10), um simulado integrado da operação Óbidos, que é um protocolo local para a ação conjunta de órgãos federais e distritais em situações de crise no Complexo da Penitenciária Federal em Brasília. O treinamento aconteceu nas proximidades da Papuda e contou com a participação direta de instituições do Sistema de Segurança Pública.
A operação foi desenvolvida para ser acionada em situações críticas, como motins, tentativas de fuga, resgates de detentos, incêndios ou ações violentas ligadas ao crime organizado, e propõe um modelo de resposta rápida, coordenada e entre órgãos diferentes.
Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, o exercício serviu para medir com precisão a prontidão das instituições. “Nossa principal meta é garantir que todos estejam alinhados caso uma crise real aconteça. O simulado nos ajuda a verificar tempos, corrigir protocolos, ajustar procedimentos e, principalmente, reforçar a cooperação entre os órgãos envolvidos”, afirmou.
Avelar destaca que a operação é muito importante para proteger o DF. “Treinar juntos mostra que temos capacidade de resposta rápida, integrada e qualificada, o que desestimula grupos criminosos e aumenta a segurança da população. O Distrito Federal investe em planejamento, articulação e inteligência para proteger seu território”, ressaltou.
O foco desta edição do simulado foi Mobilidade, envolvendo a ocupação tática do local e o bloqueio de vias estaduais e federais para conter a circulação de criminosos e impedir rotas de fuga. As áreas afetadas incluíram São Sebastião, o entorno do Complexo Prisional e trechos de rodovias importantes.
A juíza Leila Cury, que exerce a função na Vara de Execuções Penais do DF há 11 anos, participou do monitoramento da operação no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e destacou: “Essa ação coordenada pela SSP-DF, envolvendo as forças de segurança, é fundamental para o combate ao crime organizado. A união dos órgãos é essencial para troca de informações e o enfrentamento eficaz do crime”.
Treinamento para respostas reais
Coordenada pela SSP-DF, a operação contou com a participação das secretarias de Administração Penitenciária (Seape-DF) e de Saúde (SES-DF/Samu), das Polícias Militar (PMDF) e Civil (PCDF), do Corpo de Bombeiros (CBMDF), do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e de órgãos federais como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional.
“O exercício simulou o acionamento inicial da crise na Penitenciária Federal, como ocorreria em uma situação real. A integração entre órgãos permitiu praticar, de forma fiel, as ações necessárias em um evento complexo”, explicou o subsecretário de Operações Integradas, coronel Carlos Melo.
O secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles, ressaltou que simulados como este são essenciais para validar protocolos, ajustar a comunicação e assegurar que todas as instituições trabalhem de forma integrada e coordenada. “Assim, garantimos que o DF esteja preparado para enfrentar situações difíceis com eficiência.”
Para o chefe da Divisão de Segurança e Disciplina da Penitenciária Federal de Brasília, Enoque de Oliveira, o exercício mostrou a eficiência da atuação conjunta: “O DF está pronto para impedir qualquer incidente ou situação na Penitenciária Federal de Brasília”.
O nome da operação faz referência à cidade fortificada portuguesa de Óbidos, simbolizando as muralhas que cercam a Penitenciária Federal em Brasília.
*Informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)