O III Simpósio Internacional de Pesquisa em Enfermagem (Simpe), que aconteceu entre 13 e 17 de outubro, reuniu professores e estudantes da Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF) e da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), ambas vinculadas à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O evento foi sediado no Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e contou com cerca de 400 participantes presenciais, além de profissionais da saúde, gestores públicos e pesquisadores nacionais e internacionais que também participaram online.
Com o tema principal “Saúde Planetária: construindo cuidado sustentável baseado em evidência confiável”, o simpósio evidenciou o Distrito Federal como um centro importante de inovação, conhecimento e diálogo científico na saúde. Para ampliar o impacto, o Simpe integrrou ainda o I Brazilian Summit on Health Technology Assessment (BRASHTA) e o II Simpósio Multiprofissional de Saúde do Adulto e Idoso (SIMSAI), fortalecendo o perfil acadêmico, político e social do evento.
Para Francino Azevedo, coordenador do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso da ESP/DF e professor da Escs, “o evento consolidou as duas instituições como referência em formação, pesquisa e inovação em saúde, reconhecidas nacional e internacionalmente”. Ele destaca que “a integração entre os três eventos reforça o compromisso com uma agenda científica focada na sustentabilidade dos sistemas de saúde, avaliação de tecnologias e formação de profissionais capazes de transformar evidências em políticas públicas”.
As duas instituições participaram ativamente em todas as fases: da organização científica à produção de conteúdo, moderação de painéis e coordenação de cursos. Servidores, docentes, preceptores, residentes e estudantes de enfermagem contribuíram na organização e na recepção de palestrantes internacionais, na seleção dos trabalhos científicos e na direção das oficinas. Francino ressalta que o simpósio foi “uma oportunidade única para divulgar a produção científica local, fortalecer parcerias e atrair novos colaboradores para a pesquisa aplicada ao SUS e à saúde planetária”.
Iniciativas apresentadas
A Escola de Saúde Pública (ESP/DF) mostrou duas iniciativas importantes. A primeira, um sistema de triagem inteligente chamado Acolhe +, que orienta os usuários do SUS sobre o melhor cuidado, seja na atenção primária, hospitalar ou tele-enfermagem, para garantir melhor acesso e cuidado integral. A segunda foi uma experiência com realidade virtual que simula situações clínicas para auxiliar na tomada de decisões com suporte de simuladores virtuais. Também residentes e docentes da Escs apresentaram várias pesquisas e experiências de destaque, muitas premiadas, mostrando a qualidade da produção acadêmica da Secretaria de Saúde (SES-DF).
Francino descreveu o evento como “um momento histórico para a saúde e a ciência no Distrito Federal”. Segundo ele, “foram dias de intensa troca de conhecimento, inovação e trabalho em equipe, que destacam a ESP/DF e a Escs como formadoras de profissionais e líderes comprometidos com o futuro do SUS”. Na sua visão, a participação ampla, a diversidade de temas e o reconhecimento de parceiros nacionais e internacionais mostram que Brasília se tornou um ponto central de pesquisa em saúde baseada em evidências e de discussões sobre sustentabilidade planetária.
*Com informações da Fepecs