Nome do MDB à Presidência, senadora diz que desistência de Moro fortalece centro democrático na disputa contra Lula e Bolsonaro
Pré-candidata do MDB à Presidência, a senadora Simone Tebet avalia que a atitude do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) de abrir mão da pré-candidatura ao Palácio do Planalto, na última quinta-feira, fortaleceu o “centro democrático”, que busca uma alternativa única a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao GLOBO, a parlamentar fez acenos ao ex-governador paulista João Doria, que afirma ser o “legítimo pré-candidato do PSDB” à corrida presidencial.
— Moro sai maior do processo e num compromisso de somar esforços. Com certeza o centro democrático se fortalece com essa atitude dele (de desistir da pré-candidatura) — disse a senadora, acrescentando que as conversas da terceira via estão mais avançadas do que nunca. — No final do ano, eram sete candidatos. Agora, temos dois, e num momento antecipado (da disputa presidencial).
Tebet, que desponta como uma das preferidas para encabeçar a chamada “terceira via”, rechaçou a ideia de uma chapa com Eduardo Leite (PSDB), como chegou a ser cogitado por aliados do governador gaúcho na quinta, após desistência de Moro e sinais de que Doria poderia permanecer no comando do Palácio dos Bandeirantes. Segundo ela, a escolha pelo nome de Doria nas prévias tucanas deve ser respeitada.
— Fico impressionada em como estão relativizando o resultado das prévias (do PSDB). Comigo isso não existe. Não tenho preferência (de vice). E, ainda que tivesse, respeito as regras do jogo — declarou a parlamentar. — Hoje, neste momento, enxergo Doria como o legítimo pré-candidato e é com ele que tenho que dialogar.
Com 1% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha, de 24 de março, a senadora do MDB disse que é hora de conversar e
unir forças em torno do “centro democrático”. Questionada sobre quem gostaria na posição de vice, ela afirmou que não vetaria nenhum candidato.
— Acho que a discussão de vice é lá na frente — declarou. — Eu não veto ninguém. Mas o momento, agora, é de colocar o time na rua.