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sexta-feira, 26/12/2025

Silvinei Vasques tentou deixar o Brasil com seu cachorro

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Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi detido ao tentar sair do Brasil acompanhado de seu cachorro e equipamentos para transporte do animal, conforme divulgado pela Polícia Federal (PF). A prisão ocorreu na madrugada de sexta-feira (26/12), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, Paraguai.

De acordo com a PF, as câmeras de segurança capturaram Silvinei carregando um carro alugado com diversos pertences antes de deixar o território brasileiro. Por volta das 19h, ele colocou bolsas no porta-malas e, pouco depois, carregou o banco traseiro com mais itens, incluindo ração e muitos sacos de tapete higiênico para cães. Às 19h22, foi visto com potes para alimentar o animal e conduzindo o cachorro, aparentemente da raça pitbull, antes de sair com o veículo.

Silvinei estava vestido com calça de moletom preta, camiseta cinza e boné preto, todos da marca Puma. A investigação indica que ele levava também materiais específicos para garantir o conforto do animal durante a viagem.

Ainda não há informações sobre o paradeiro do cachorro após a detenção.

Contexto da prisão

Silvinei Vasques foi capturado ao tentar embarcar em um voo no Paraguai com um passaporte falso. Seu itinerário incluía uma escala no Panamá e destino final em El Salvador. Investigadores acreditam que ele teria alterado a foto do documento para tentar passar pela imigração, mas a polícia paraguaia já estava avisada pela PF do Brasil.

Condenação e prisão

O ex-diretor da PRF foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de reclusão por envolvimento na trama golpista. Cumpria medidas cautelares em Santa Catarina, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do país.

A PF apurou que Silvinei rompeu o monitoramento eletrônico antes de atravessar a fronteira, o que gerou alertas às autoridades. Após sua detenção em Assunção, as autoridades paraguaias iniciaram contato com a diplomacia brasileira para efetivar a expulsão rápida do país, com previsão de entrega nas autoridades brasileiras na região da Tríplice Fronteira.

Silvinei Vasques foi julgado em 16 de dezembro no núcleo 2 da trama golpista. Segundo o STF, ele participou da elaboração da “minuta do golpe” e de ações para impedir o voto de eleitores do Nordeste nas eleições de 2022. Apesar da condenação, que ainda não é definitiva, a defesa pode recorrer.

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