O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques renunciou ao posto de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, localizada na região da Grande Florianópolis (SC), após ser sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de reclusão por envolvimento em uma tentativa de golpe.
Silvinei ocupava essa posição desde janeiro deste ano, nomeado pelo prefeito Orvino Coelho d’Ávila (PSD). A renúncia foi apresentada no mesmo dia em que o STF finalizou o julgamento dos acusados do núcleo 2 deste esquema golpista.
A prefeitura confirmou a saída de Silvinei Vasques em comunicado oficial, agradecendo pelos serviços prestados durante seu mandato. Até o momento, não há informações sobre quem sucederá o comando da secretaria.
No julgamento da Primeira Turma do STF, Silvinei Vasques recebeu a segunda maior pena entre os condenados do núcleo 2, ficando atrás apenas do general da reserva do Exército Mário Fernandes, considerado peça chave no grupo investigado.
Outros três réus do mesmo núcleo foram sentenciados: Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional da Presidência da República; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor presidencial; e Marília Ferreira de Alencar, delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal. Já o delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira foi absolvido.
A acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Silvinei Vasques tentou influenciar o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, organizando blitzes e bloqueios eleitorais em áreas onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve maior votação no primeiro turno, dificultando o acesso dos eleitores aos locais de votação. A defesa de Silvinei rejeita as acusações e pretende recorrer da sentença.

