O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi condenado a pagar uma multa administrativa de R$ 546.631,92 por improbidade administrativa. Ele foi considerado culpado de utilizar a estrutura pública para fazer campanha política a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e concluiu que Silvinei usou o seu cargo de forma inadequada nas eleições de 2022. A condenação foi confirmada por unanimidade em 6 de agosto pela 8ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), com base no relatório do desembargador relator Rogério Tobias de Carvalho.
O desembargador destacou a gravação explícita do pedido de voto para Bolsonaro realizada por Silvinei nas redes sociais pouco antes do segundo turno das eleições. Ele explicou que a multa aplicada equivale a 24 vezes o salário do ex-diretor da PRF na época dos fatos.
Silvinei fez uso de uniformes, símbolos da instituição, veículos oficiais, plataformas digitais da PRF e mobilizou recursos logísticos, incluindo organização de eventos públicos e cerimônias, para esse propósito político.
O relatório ressaltou que o uso dos recursos públicos é evidente e inegável, pois envolveu diretamente a mobilização da estrutura estatal e, indiretamente, a utilização da autoridade funcional e a imagem institucional para fins inadequados.