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sábado, 27/12/2025

Silvinei pode permanecer preso em Santa Catarina ou na Papudinha, diz defesa a Moraes

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Em Brasília

A equipe jurídica do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que o custódia de Silvinei seja mantida em Santa Catarina, onde reside, ou no 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”, situado em Brasília (DF). Nesta manhã de sábado (27/12), Silvinei está sendo transferido de Foz do Iguaçu (PR) para Brasília (DF).

O documento enviado a Moraes destaca que a escolha do local de detenção, especialmente em prisão preventiva, deve seguir critérios técnicos e específicos, considerando a natureza da medida, que não corresponde à antecipação de pena nem a objetivos simbólicos.

Os advogados apontam a existência de laços familiares e direitos adquiridos, como o fato de Silvinei ser reservista da Polícia Militar, para fundamentar o pedido. A preferência da defesa é que ele fique sob custódia em São José (SC) ou Florianópolis (SC).

O ofício ressalta ainda: “Manter a custódia de Silvinei Vasques em Santa Catarina, preferencialmente em São José ou Florianópolis, é uma medida apropriada, proporcional e juridicamente recomendável, visto que o Requerente possui vínculos familiares, sociais e profissionais consolidados nessa região.”

Se o ministro decidir pela permanência em Brasília, os defensores solicitam que a custódia ocorra na unidade “Papudinha”, devido à infraestrutura adequada para casos de alta exposição institucional, minimizando riscos à integridade do detido.

“Todavia, caso seja imprescindível a detenção no Distrito Federal, pedimos subsidiariamente que a alocação ocorra na unidade conhecida como ‘Papudinha’, que possui estrutura compatível com casos de grande visibilidade institucional, reduzindo riscos à integridade do custodiado”, argumenta a defesa.

Prisão de Silvinei no Paraguai

Silvinei foi capturado na madrugada de sexta-feira (26/12), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, enquanto tentava embarcar para El Salvador com conexão pelo Panamá.

Ele foi condenado pelo STF a 24 anos e 6 meses de reclusão por participar de um esquema golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Durante sua fuga, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica e deixou o Brasil provavelmente pela fronteira com o Paraguai.

De acordo com as investigações, Silvinei tentou embarcar utilizando um passaporte falso, assumindo a identidade de um cidadão paraguaio chamado Julio Eduardo Fernandez, para burlar os controles migratórios.

Após ser detido pelas autoridades paraguaias, foi entregue às autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu (PR) na noite de sexta-feira. Ele foi transportado de carro de Ciudad del Este até a fronteira, passou a noite no município paranaense e agora segue para Brasília em avião da Polícia Federal.

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