Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou que o apagão que afetou oito estados e o Distrito Federal não aconteceu por falta de energia, mas por um problema na rede que transmite a eletricidade.
Ele comentou que, diferente dos apagões de 2001 e 2021 que ocorreram pela escassez de energia e falta de planejamento, hoje o Brasil dispõe de energia suficiente.
Segundo o ministro, os danos na rede foram localizados e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) fará uma reunião para coletar mais informações. A energia foi restabelecida em cerca de uma hora e meia.
Na região Sul, a falta de energia durou cerca de duas horas devido a um incêndio em um componente da subestação de Bateias, no Paraná, que desligou toda a instalação e provocou apagões em várias regiões do país.
Os estados afetados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Santa Catarina, além do Distrito Federal.
Em São Paulo, o apagão atingiu 937 mil clientes da Enel. O ministro explicou que a perda de uma subestação de grande porte provoca cortes programados em estados próximos para controlar a carga.
O Ministério de Minas e Energia informou que a recomposição dos equipamentos foi feita de forma controlada, com o sistema voltando ao normal até 1h30 nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, e até 2h30 na região Sul.
A Enel afirmou que a interrupção foi provocada pelo Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), que atua automaticamente para proteger o sistema elétrico. Os clientes afetados em São Paulo tiveram o serviço normalizado em oito minutos.
No Rio de Janeiro, a Light informou que 450 mil imóveis ficaram sem energia em áreas da cidade e da Baixada Fluminense, também devido ao Erac.
A Amazonas Energia informou que uma perturbação no Sistema Interligado Nacional (SIN) causou a interrupção em bairros de Manaus, Parintins e Itacoatiara, com o fornecimento sendo normalizado pouco após a meia-noite.