O deputado atendeu à determinação de usar tornozeleira eletrônica, imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, na noite de quarta (30)
O deputado Daniel Silveira atendeu à determinação de usar tornozeleira eletrônica, imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, na noite desta quarta-feira (30). Uma decisão não pegou bem com as personalidades bolsonaristas.
O pastor Silas Malafaia foi as redes sociais afirmar que está envergonhado, chamar Silveira de “frouxo arregão”. O deputado dormiu na Câmara dos Deputados a última terça, para não ser alcançado por autoridades policiais.
DEPUTADO DANIEL SILVEIRA é um frouxo arregão ! Fazendo o jogo combinado de Arthur Lira com Alexandre de Moraes . VERGONHA TOTAL !
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) March 31, 2022
Depois de decisão do ministro Alexandre de Moraes, que impôs multa diária de R$ 15 mil e bloqueou contas bancárias, o deputado Daniel Silveira recuou e decidiu instalar a tornozeleira eletrônica.
Ao deixar o plenário, Silveira afirmou que cumpriria a ordem de Moraes para evitar o pagamento da multa. “Eu pagaria R$ 15 mil diário ilegalmente? É claro que é [por causa da multa]”, disse, ao ser questionado se a decisão era por causa da decisão do ministro. A seguir, ao ser questionado sobre se acataria a determinação, negou. “Não, eu não vou aceitar. Eu vou colocar por imposição de sequestro de bens”, disse.
“Vou para o meu apartamento para dormir e vou colocar essa tornozeleira para agradar [Moraes]. Ele gosta tanto dessa tornozeleira que ele devia pegar uma para ele”, disse Silveira sobre o ministro do STF.
Na decisão, o ministro do STF estipula ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira, escolha dia, hora e local para que a tornozeleira seja instalada em Silveira, que criticou o presidente. “Vai abrir uma precedência contra mais 512 deputados, porque legalmente, taxativamente, tem que pautar antes no plenário, os deputados decidirem se a imposição da cautelar está legal, aceitável, ou não”.
Na saída do plenário, Silveira voltou a atacar Moraes, a quem chamou de “pessoa fraca, frustrada” e que “o Brasil tem que entender que ele é um inimigo em comum da nação”.