Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), refutou as acusações de que o governo federal estaria promovendo um conflito entre ricos e pobres durante as discussões sobre o ajuste fiscal. Recentemente, as redes sociais estiveram recheadas de debates acerca da desigualdade na tributação, com críticas direcionadas principalmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em entrevista a jornalistas no sábado (5/7), o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o governo está empenhado em assegurar equidade no sistema tributário.
“Não se trata de ricos contra pobres, mas sim de 99 por cento contra 1 por cento. O objetivo é justiça fiscal. Estamos falando da classe média, a grande maioria da população. É a maioria contra uma pequena parcela. Não existe disputa entre ricos e pobres”, explicou o ministro.
Sidônio ainda destacou que o governo não tem planos de aumentar a carga tributária para as camadas mais pobres e para a classe média.
“A administração não pretende implementar elevações fiscais para essa ampla maioria da população, que atualmente já suporta até 27,5% de impostos. Na verdade, o presidente deseja que os poucos que atualmente pagam pouco ou nenhum imposto — entre 0%, 2% ou 4% — contribuam com uma alíquota de até 10%. É isso que chamamos de justiça fiscal”, enfatizou.