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sexta-feira, 22/11/2024
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Shoigu: operação russa na Ucrânia marca fim do mundo unipolar

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O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que a operação especial da Rússia na Ucrânia marcou o fim do mundo unipolar.

© Sputnik / Pavel Lvov / Abrir o banco de imagens
“O início da operação especial na Ucrânia marcou o fim do mundo unipolar. A multipolaridade virou realidade. Os polos do mundo estão sendo claramente definidos”, afirmou.
Segundo Sergei Shoigu, a principal diferença entre estes polos é que alguns respeitam os interesses dos Estados soberanos, levando em contas as características culturais e históricas dos países e povos, enquanto outros as ignoram.
O ministro russo também afirmou que a OTAN deixou cair a máscara, revelando sua natureza agressiva e consolidando sua reivindicação pelo domínio global.
“A OTAN deixou cair a máscara. A natureza agressiva do bloco deixou de ser ocultada atrás das palavras sobre a orientação exclusivamente defensiva das atividades da coalizão. Hoje, os documentos de planejamento estratégico da aliança consagram as reivindicações de domínio global”, declarou.
Segundo o ministro, a segurança da Europa é hoje pior do que no auge da Guerra Fria.
“Na Europa, a segurança é pior do que no auge da Guerra Fria. As atividades militares da aliança [OTAN] passaram a ter uma orientação extremamente agressiva e antirrussa. Forças significativas dos EUA foram enviadas para o continente, e as forças da coalizão na Europa Central e Oriental aumentaram várias vezes”, enfatizou.
Shoigu também destacou que a operação das forças russas acabou com o mito das “super armas” que o Ocidente estaria fornecendo à Ucrânia, e que supostamente seriam capazes de “virar o jogo” contra a Rússia.
As alegações sobre a possível utilização de armas químicas durante a operação na Ucrânia são absurdas, uma vez que estas armas foram destruídas na Rússia ainda em 2017, declarou Shoigu.
“As alegações sobre a possível utilização de armas químicas na Ucrânia são absurdas. Lembro a vocês que, ao contrário dos EUA, estas armas foram completamente destruídas em nosso país em 2017 como parte do cumprimento de obrigações internacionais. Ao mesmo tempo, as provocações com substâncias tóxicas se tornaram o cartão de visita das chamadas ONGs patrocinadas pelo Ocidente, como os Capacetes Brancos na Síria”, ponderou.
Falando sobre a presença dos EUA em Taiwan, Shoigu afirmou que a visita provocativa da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan não passou de mais um passo para desestabilizar a região da Ásia-Pacífico.
“O desembarque provocativo em Taiwan da terceira figura da hierarquia norte-americana foi mais um passo para desestabilizar a situação”, declarou.
As especulações sobre supostos planos russos de usar armas nucleares táticas na Ucrânia são totalmente mentira, afirmou Shoigu.
Com isso, os EUA esperavam desviar as atenções do seu programa biológico-militar na Ucrânia.
“Estas provocações informacionais visam desviar a atenção dos fatos descobertos na Ucrânia de pesquisas biológico-militares proibidas realizadas por especialistas norte-americanos. Já foi compilado um impressionante conjunto de dados, que é regularmente comunicado ao público em geral. O trabalho nessa área continuará”, ressaltou.
Shoigu também voltou a destacar que a expansão da OTAN, com a adesão da Suécia e Finlândia, bem como com a implantação de armas de ataque nesses dois países exigirá uma revisão das abordagens da defesa russa.
Sobre a tentativa do Ocidente de isolar a Rússia, o ministro afirmou que a presença de diversas delegações estrangeiras na Conferência de Segurança de Moscou confirmou que os planos do Ocidente de isolar a Rússia falharam.
Ele também afirmou que o sistema de segurança global está mudando radicalmente e que o domínio incondicional dos EUA e seus aliados já é coisa do passado.
Sobre a Ucrânia, Shoigu voltou a afirmar que a Rússia está enfrentando as forças conjuntas do Ocidente, que controlam os líderes ucranianos em uma guerra híbrida.
Por fim, o ministro russo destacou que os EUA seguem tentando aumentar sua influência na América Latina, tentando colocar os países da região contra a Rússia e a China, através de campanhas informacionais, ocultando a verdade sobre a operação na Ucrânia.
“Hoje, a América Latina enfrenta sérios problemas de segurança devido às aspirações dos norte-americanos […] A política dos EUA visa coibir a interação dos países da região com qualquer governo não controlado por Washington. O objetivo desta política é colocar a região contra a Rússia e a China, bem como destruir os laços tradicionais, bloquear novas cooperações nas esferas militar e técnico-militar”, enfatizou.
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