O setor público consolidado, que inclui o governo central, Estados, municípios e empresas estatais (exceto Petrobras e Eletrobras), teve um déficit primário de R$ 17,255 bilhões em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central.
Esse valor representa uma melhora em relação a julho, quando o déficit foi de R$ 66,566 bilhões, e também ficou abaixo da média prevista pelo mercado, que era um déficit de R$ 19,10 bilhões.
Este é o melhor resultado para o mês de agosto desde 2021, quando houve superávit primário de R$ 16,729 bilhões. Em agosto de 2024, por comparação, o déficit foi de R$ 21,425 bilhões.
O governo central (composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) foi responsável por um déficit de R$ 15,934 bilhões no mês. Já os Estados e municípios apresentaram déficit de R$ 1,314 bilhão, enquanto as empresas estatais tiveram déficit bem pequeno, de R$ 6 milhões.
Separadamente, os Estados registraram um déficit de R$ 1,261 bilhão, e os municípios, de R$ 54 milhões.
Acumulado
Considerando o acumulado de janeiro a agosto de 2025, o setor público consolidado apresentou um déficit primário total de R$ 61,792 bilhões, que corresponde a 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme informou o Banco Central.
Esse resultado decorre, principalmente, do déficit primário nas contas do governo central, que foi de R$ 84,618 bilhões, ou 1,01% do PIB. Por outro lado, Estados e municípios tiveram superávit conjunto de R$ 31,117 bilhões (0,37% do PIB), enquanto as empresas estatais acumularam um déficit de R$ 8,291 bilhões (0,10% do PIB).
Mais especificamente, os Estados acumularam superávit de R$ 26,001 bilhões, e os municípios, um saldo positivo de R$ 5,117 bilhões no período.