A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) considera que as operações realizadas pela Polícia Federal e Receita Federal, ocorridas na Faria Lima e outras regiões do país, são um passo importante para que o Estado brasileiro combata diretamente o crime organizado, desmontando sua estrutura financeira.
Essa grande ação é essencial para identificar quais instituições financeiras agem em favor do crime organizado, segundo a Febraban, que destaca a investigação contra gestoras, administradoras de recursos e fintechs envolvidas em desvios e ocultação de patrimônio.
Não existe outro caminho diante do crescimento de novos participantes no mercado, como as fintechs, que não seguem os mesmos controles rígidos de integridade e prevenção de crimes financeiros aplicados aos bancos tradicionais.
Há um desequilíbrio entre a inovação e a abertura do mercado, trazidas por fintechs e bancos digitais, e a necessidade de manter a segurança do sistema financeiro com controles eficazes e punições.
A proliferação dessas instituições evidencia a necessidade de investigar e punir rigorosamente aquelas autorizadas ou não pelo Banco Central, mas que são usadas como canais para atividades criminosas.
Apoio do Banco Central
A Febraban enfatiza que nem todas as instituições financeiras no país têm autorização do Banco Central, o que aumenta os riscos do sistema. Por isso, defende que o prazo para que todas as instituições peçam autorização para operar seja reduzido.
Todos os agentes do setor financeiro devem ter políticas rígidas de integridade, com controles e sistemas para monitorar e denunciar operações suspeitas.
Os bancos brasileiros devem cumprir as leis e regulamentações, cooperando constantemente com os órgãos públicos na prevenção e combate a crimes financeiros.
Por fim, a concorrência é positiva e saudável, desde que todos estejam sujeitos às mesmas regras para prevenir lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas.
Estadão Conteúdo