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quinta-feira, 20/11/2025




Setor de carnes comemora fim parcial das tarifas dos EUA para o Brasil

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Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) se manifestou após o governo dos Estados Unidos divulgar, nesta quinta-feira (20/11), uma ordem executiva que elimina parte do aumento tarifário imposto ao Brasil em julho. A medida exclui produtos agrícolas, incluindo a carne bovina, da lista de sobretaxas.

Em comunicado, a entidade expressou satisfação com a decisão dos EUA e afirmou que a mudança fortalece a estabilidade do comércio internacional e mantém condições justas para os países envolvidos. Segundo a nota, a exclusão das tarifas sobre a carne bovina comprova a eficácia do diálogo técnico entre os governos.

A ABIEC também destacou o trabalho das equipes brasileiras nas negociações. Na semana passada, o chanceler Mauro Vieira reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para tratar do tema e buscar flexibilizações no tarifaço.

O documento oficial da Casa Branca menciona que o então presidente Donald Trump conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, quando ambos concordaram em iniciar tratativas para resolver os problemas levantados pelo Decreto Executivo 14323, que criou o aumento tarifário. O governo americano citou “progresso inicial” nas conversas, justificando a retirada de alguns itens agrícolas das sobretaxas.

“Essa medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que resultaram em um desfecho positivo. A ABIEC continuará colaborando para ampliar oportunidades e fortalecer o Brasil nos principais mercados mundiais”, afirmou a associação.

O aumento de 40% nas tarifas, anunciado em 9 de julho, foi parcialmente eliminado agora. Na época, Trump enviou uma carta a Lula, informando que o Brasil sofreria tributos de até 50%, incluindo as tarifas básicas, como resposta a uma suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado.

Trump criticou decisões do ministro Alexandre de Moraes e acusou o Brasil de restringir a liberdade de expressão ao remover conteúdos considerados antidemocráticos. Alegou ainda que o país impunha barreiras comerciais injustas a empresas americanas – afirmações que o governo brasileiro refutou, apontando o saldo positivo dos EUA no comércio bilateral na última década.

A decisão de hoje é vista como um gesto político importante para o setor do agronegócio brasileiro, o mais impactado pelas tarifas elevadas. Contudo, a Casa Branca ressalta que o impasse não está totalmente resolvido. O estado de emergência declarado pelo governo americano permanece, e novas mudanças nas tarifas poderão ocorrer se Washington considerar que o Brasil não está cumprindo as exigências do decreto.

Agências como o Departamento de Estado, o Tesouro, a USTR e o Conselho de Segurança Nacional seguem com autorização para monitorar o Brasil e sugerir alterações nas tarifas conforme necessário.




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