A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) divulgou nesta quinta-feira (31/7) que o setor pode enfrentar perdas superiores a R$ 1,15 bilhão em consequência das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A Abal também alertou para os riscos sistêmicos associados às sobretaxas.
Embora o alumínio tenha sido incluído na isenção, outros itens, como bauxita, hidróxido de alumínio e cimento aluminoso, permanecerão sujeitos à tributação de 50%. De acordo com o setor, essa medida já está impactando as exportações e pode causar danos às empresas brasileiras.
A Abal manifestou preocupação com a possível escassez de sucata de alumínio, que é um material fundamental para a reciclagem e para uma produção de alumínio ambientalmente mais sustentável.
Em comunicado, a associação ressalta a necessidade de que o governo encare a situação com seriedade, considerando os efeitos não apenas comerciais, mas também ambientais, econômicos e industriais para o futuro do setor no Brasil.
“Frente a esse contexto, a Abal enfatiza que as discussões sobre o impacto das tarifas e as estratégias de mitigação devem ir além de análises pontuais e comerciais”, afirmou a nota.
Na quarta-feira (30/7), o governo dos Estados Unidos oficializou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Donald Trump justificou essas medidas afirmando que a relação comercial vigente é desfavorável para os EUA. Além disso, as sanções foram associadas às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).