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domingo, 28/09/2025




setembro amarelo: bem-estar da mãe importa para o bebê

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Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que cerca de 10% das grávidas e 13% das mulheres após o parto apresentam problemas mentais, principalmente a depressão. Se não for identificada e tratada, essa condição pode prejudicar a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê.

Durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) destaca a importância do cuidado emocional na gravidez e após o nascimento do bebê.

A ginecologista e obstetra Rafaella Torres, que atende gestantes de alto risco no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), explica que até 20% das mulheres passam por transtornos emocionais nessa fase.

“A depressão na gravidez é um fator de risco para pensamentos suicidas, que são uma das principais causas de morte materna nesse período”, alerta a médica.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), gestantes com depressão têm alto risco de complicações como pressão alta, diabetes gestacional, uso de álcool e abortos. Além disso, o bebê pode nascer com problemas no crescimento, prematuro e com baixo peso, e apresentar alterações no desenvolvimento cerebral e emocional.

Diferença entre baby blues e depressão pós-parto

Na gravidez, é comum sentir ansiedade e mudanças de humor causadas pelas alterações hormonais. A médica explica que o baby blues aparece logo após o parto, com sintomas como choro fácil e cansaço, mas é passageiro. Já a depressão pós-parto dura mais tempo e pode causar isolamento, tristeza profunda, dificuldade em cuidar do bebê e até pensamentos suicidas.

“Quando a mãe está emocionalmente abalada, a relação com o bebê pode ser prejudicada, levando a problemas emocionais na criança”, destaca a médica.

A depressão perinatal pode ocorrer durante a gravidez ou até 12 meses após o parto, afetando o vínculo entre mãe e filho e o desenvolvimento da criança.

Cuidados e prevenção

Alguns hábitos ajudam a diminuir o risco de ansiedade e depressão na gestação, como:

  • Alimentação balanceada, rica em vitaminas do complexo B (B6, B9 e B12), importante para a saúde mental;
  • Hidratação adequada para o bom funcionamento do corpo;
  • Exercícios físicos regulares, que ajudam a liberar hormônios do bem-estar;
  • Sono de qualidade, essencial para controlar o estresse;
  • Práticas de relaxamento, como meditação, yoga e técnicas de respiração.

O médico obstetra tem papel fundamental em identificar sinais de sofrimento emocional e encaminhar para tratamento. Rafaella reforça que distúrbios psiquiátricos precisam de acompanhamento especializado e do apoio da família e comunidade.

Apoio psicológico é importante

A psicóloga Alane Lima, que atua na maternidade do HRSM, observa que ansiedade e depressão são comuns na gravidez e após o parto.

“Na ansiedade, os sintomas mais frequentes são coração acelerado, falta de ar, insônia, dor no peito e preocupação excessiva. Na depressão, predominam tristeza profunda, choro frequente e sensação de desesperança”, explica.

O acompanhamento psicológico ajuda a mulher a expressar seus sentimentos, fortalece o vínculo com o bebê e oferece estratégias para enfrentar os desafios da maternidade.

“A saúde mental da mãe está ligada à saúde do bebê. Por isso, o apoio psicológico é essencial para que essa fase seja mais tranquila”, destaca Alane.

Com informações do IgesDF




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