O servidor público Mauro de Oliveira França, de 68 anos, foi encontrado sem vida seis dias depois que seu veículo foi arrastado por uma enxurrada causada pelas fortes chuvas que atingiram Petrópolis, cidade localizada a 70 km do Rio de Janeiro, na Região Serrana, na quarta-feira (17/12). As chuvas intensas provocaram alagamentos em diversas ruas e veículos submersos.
Conforme informou a Defesa Civil de Petrópolis, na quarta-feira houve um acúmulo superior a 60 mm de chuva em uma hora e um total de 150 mm em 24 horas, o que levou à suspensão das aulas nas escolas municipais e fez com que alguns moradores utilizassem essas instituições como abrigo.
Desde o ocorrido, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) mobilizou esforços para localizar Mauro. Na tarde da segunda-feira (22/12), o corpo do servidor foi encontrado nas águas do Rio Piabanha, na área de Itaipava, em Petrópolis.
Segundo a corporação, o veículo em que Mauro estava foi arrastado pela correnteza forte. Embora o carro tenha sido localizado, o ocupante não foi inicialmente encontrado. Após ser considerado desaparecido, o CBMERJ utilizou mergulhadores, embarcações e drones equipados com câmeras térmicas para realizar as buscas. As equipes vasculharam um trecho de 36 quilômetros do Rio Piabanha, da Ponte de Nogueira até a Barragem Alberto Torres, até encontrar o corpo.
Quem era Mauro?
A Prefeitura de Petrópolis decretou três dias de luto em homenagem a Mauro de Oliveira França. Ele trabalhou por 30 anos na Companhia Petropolitana de Transportes (CPTrans), onde ingressou em 1995 por meio de concurso público.
Mauro era formado em psicologia e se destacou pelo atendimento à população, demonstrando sensibilidade, empatia e respeito aos cidadãos. Durante sua trajetória na CPTrans, atuou em vários departamentos, inclusive na Junta de Análise de Defesa de Autuação (Jada) e na Coordenadoria de Processamento de Infrações.
A prefeitura expressou profundo pesar pela morte do servidor e lembrou que a notícia causou grande comoção entre seus colegas e todos que conviveram com ele na CPTrans.

