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quarta-feira, 16/07/2025

Série destaca contribuições de pesquisadores do DF

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Em Brasília

Mercedes Bustamante sempre teve uma grande paixão pela ciência. Desde criança, ela se interessava em aprender como o mundo funciona, desde as células até os ecossistemas. Essa curiosidade a levou a escolher a ecologia como carreira.

Professora titular da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes é destaque na nova série especial A Memória Científica do DF, criada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). O objetivo da série é reconhecer e valorizar o trabalho de pesquisadores que fizeram importantes avanços na ciência, tecnologia e inovação no Distrito Federal.

Mercedes chegou a Brasília no início dos anos 1990, após doutorar-se em geobotânica na Alemanha. Inicialmente veio como professora visitante, mas logo foi efetivada na UnB, no Departamento de Ecologia. Ela se apaixonou pelo Cerrado e dedicou sua carreira para entender este complexo ecossistema.

Desde o início, a FAPDF teve papel fundamental no apoio aos projetos de Mercedes. Sua primeira pesquisa financiada pela fundação foi essencial para montar seu laboratório e adquirir equipamentos que ainda utiliza. Um dos projetos mais importantes foi o Pronex, que ajudou a consolidar sua carreira como pesquisadora.

Ao longo dos anos, Mercedes liderou estudos que unem ciência básica e aplicada, investigando o impacto dos incêndios no Cerrado, as mudanças nos ciclos da água e estratégias de conservação que promovem o desenvolvimento sustentável. Ela também participou de importantes iniciativas internacionais sobre mudanças climáticas, como o IPCC, e contribui para políticas ambientais no Brasil.

Além do trabalho acadêmico, Mercedes atuou em órgãos públicos, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Capes, onde atualmente ocupa a presidência. Ela acredita que cientistas têm papel importante na criação de políticas públicas, trazendo rigor e conhecimento técnico para a gestão.

Hoje, a pesquisadora destaca a urgência de agir em prol do meio ambiente. “Não temos mais tempo para esperar, o que fizermos até 2050 definirá nosso futuro”, alerta. Ela defende que a FAPDF deve garantir recursos estáveis para financiar pesquisas que integrem ciência e sociedade.

Mercedes também ressalta a importância da diversidade no meio científico. “Ambientes diversos trazem novas visões e soluções para os problemas”, diz. Ela incentiva a inclusão de mulheres e jovens cientistas em cargos de liderança, para que mais vozes sejam ouvidas.

Para os jovens, Mercedes deixa uma mensagem de esperança e incentivo: “Vocês têm força para enfrentar os desafios e transformar o futuro. A ciência é feita por pessoas, para pessoas”.

*Informações da FAPDF

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