A Polícia Civil de Goiás (PCGO) divulgou informações chocantes sobre a ação do suposto serial killer Rildo Soares dos Santos, 33 anos, acusado de matar ao menos três mulheres de forma brutal. Em depoimento ao Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), ele confessou que cometia os homicídios para saciar um desejo pessoal, tratando as vítimas como se fossem descartáveis.
“Ele contou que ouvia vozes que o impulsionavam a sair de casa para matar. Após isso, dizia não lembrar dos detalhes”, disse o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso. A polícia destaca o desprezo cruel e a frieza do acusado em cada ataque.
Embora os crimes fossem violentos, Rildo levava uma vida aparentemente comum, possuindo carteira de trabalho e título de eleitor, e convivendo com amigos e a ex-esposa. Para o delegado, a tese de transtorno mental não se sustenta. “Não há evidências de problemas psiquiátricos. Trata-se de maldade pura”, afirmou Candeo.
Motivações cruéis
A investigação indica que cada assassinato teve motivos ligados a vingança ou raiva:
- Monara Pires Gouveia: o crime teria sido planejado após a acusação de furto de R$ 600 contra ela. Um mês depois, foi levada para um terreno isolado e morta.
- Alexânia Hermógenes Carneiro (Lessi): assassinada depois que o suspeito descobriu que ela comprou drogas em seu nome. “Ele disse que, quando fica nervoso, perde o controle”, relatou o delegado.
As vítimas foram desfiguradas, o que demonstra o ódio intenso do assassino. “Ele não se limitava a matar, precisava apagar a identidade delas, tratando-as como descartáveis”, enfatizou Candeo.
Provas tecnológicas
A localização do celular de Rildo foi crucial para ligar o criminoso às cenas dos crimes. Antes de confessar, ele negava envolvimento, mas os dados de geolocalização o colocavam nos locais dos assassinatos. “Agora não restam dúvidas. Ele assumiu as ações”, afirmou o delegado.
O caso causou grande comoção em Rio Verde e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher. Para a polícia, a conduta do criminoso não só evidencia a brutalidade dos feminicídios, mas também a tentativa de desumanizar as vítimas. “Ele assassinava e ainda descartava essas mulheres com desprezo. É um padrão de crueldade extraordinário, movido por um ódio inexplicável”, concluiu Candeo.