Goiânia – Depois de ser julgado pela terceira vez consecutiva neste mês de dezembro, um homem identificado como serial killer em Rio Verde foi sentenciado a mais 21 anos de prisão em regime fechado, pelo assassinato de Alexânia Hermógenes Carneiro, de 40 anos, conhecida como Lessi. Agora, a soma das penas ultrapassa 130 anos.
O último julgamento de Rildo Soares aconteceu na terça-feira (16/12) na cidade onde os crimes ocorreram. A decisão foi proferida pelo juiz Cláudio Roberto Costa dos Santos Silva, que também determinou uma indenização mínima de R$ 100 mil para compensar danos morais aos familiares da vítima.
Rildo já havia sido condenado pelo homicídio de Elisângela Silva de Souza, 26 anos, no último dia 10. A pena foi de 41 anos, 8 meses e 33 dias em regime fechado, além do pagamento de indenização de R$ 100 mil à família da vítima. Na segunda-feira (15/12), ele recebeu outra condenação de 71 anos, 9 meses e 13 dias de prisão pelo assassinato de Monara Pires Gouveia.
Essa última vítima, uma mulher de 31 anos em situação de rua, sofreu abuso sexual e teve o corpo parcialmente queimado. As acusações incluíram feminicídio, ocultação de cadáver e estupro.
Rildo Soares dos Santos, 33 anos, é considerado serial killer devido ao número de mortes e à brutalidade dos crimes. Ele foi identificado, perseguido e preso em flagrante em 12 de setembro. Em seu depoimento, confessou os feminicídios, embora seja suspeito de outros crimes, inclusive no estado da Bahia, onde nasceu.
O delegado Adelson Candeo, chefe do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), destacou a extrema crueldade do suspeito, que desfigurava os rostos das vítimas e, em vários casos, ateava fogo nos corpos para dificultar a identificação.
Caso Lessi
Rildo admitiu seu envolvimento na morte durante um depoimento na Casa de Prisão Provisória para o delegado Adelson Candeo, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). Segundo o relato, Lessi teria comprado drogas em seu nome e, ao cobrar a dívida, ele se irritou, atraindo a mulher para um terreno abandonado onde a matou.
O corpo de Lessi foi encontrado em um terreno próximo ao Clube Dona Gercina, em Rio Verde, no final de agosto. A perícia identificou ferimentos graves na cabeça da vítima, causados por espancamento com objeto contundente.

