O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) informou que a comitiva de senadores que foi aos Estados Unidos para tratar das tarifas impostas pelo Governo Trump a produtos brasileiros conseguiu estabelecer diálogo com autoridades americanas. Essas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros estão previstas para começar em 1º de agosto.
Trad, que lidera o grupo e preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse que o grupo se encontrou com nove parlamentares dos EUA, a maioria democratas, e conseguiu passar a mensagem sobre a importância de manter as conversas abertas, além de alertar sobre os prejuízos que os EUA terão devido à taxação.
“Nós, do Legislativo, não podemos negociar diretamente, mas abrimos canais para melhorar a relação e facilitar futuras negociações”, declarou o senador em entrevista em Washington.
A missão teve como objetivo amenizar as tensões entre Brasil e Estados Unidos no âmbito legislativo. No dia anterior, o grupo se reuniu com representantes da Embaixada do Brasil e empresários.
Além de Nelsinho Trad, participam da missão os senadores Tereza Cristina (PP-MS), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Carvalho (PT-SE), Jaques Wagner (PT-BA), Carlos Viana (Podemos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC).
Em 30 de julho, está prevista reunião com a Americas Society/Council of the Americas, que reúne líderes da sociedade civil e do setor empresarial para fortalecer relações interamericanas. Espera-se a divulgação de um manifesto empresarial americano apoiando uma solução negociada.
O que é o Tarifaço?
Em 9 de julho, o presidente Trump anunciou tarifas adicionais de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto. Ele afirmou que há uma relação comercial “injusta” entre os países, embora o Brasil tenha déficit comercial com os EUA há 17 anos.
Trump também mencionou em carta que motivação para as tarifas inclui restrições brasileiras às plataformas digitais dos EUA e o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do governo americano.
Além disso, os EUA investigam o sistema brasileiro de pagamentos Pix, alegando possível prática injusta que prejudicaria empresas americanas como Visa, MasterCard e Whatsapp Pay da Meta. Informações da Agência Brasil.