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quinta-feira, 18/12/2025

Senador e vice-líder de Lula recebeu recursos de fraudes no INSS

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A nova etapa da Operação Sem Desconto, iniciada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (12/12), aponta que o senador Weverton (PDT-MA), que atua como vice-líder do governo Lula, teria obtido vantagens financeiras provenientes das fraudes nos descontos associativos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com documento do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador governista não apenas beneficiava-se, mas mantinha ligações próximas com membros da quadrilha investigada na Operação Sem Desconto.

“O senador Weverton teria atuado como beneficiário final (ou ‘sócio oculto’) das operações financeiras realizadas pela organização criminosa, recebendo valores ou vantagens por intermédio de outras pessoas, inclusive alguns de seus assessores parlamentares”, informa o trecho do documento da Suprema Corte.

O documento detalha ainda que a PF requereu a prisão do senador, porém a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contrariamente. Assim, o ministro André Mendonça, do STF, autorizou somente mandados de busca e apreensão.

Em comunicado, a assessoria do parlamentar declarou que “o senador Weverton Rocha surpreendeu-se com a busca em sua residência e está disponível para esclarecer qualquer dúvida assim que tiver acesso completo à decisão”.

Escândalo do INSS

O esquema envolvendo o INSS foi revelado pelo portal Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Pouco tempo depois, o portal evidenciou que a arrecadação das entidades com descontos das mensalidades de aposentados atingiu R$ 2 bilhões em um ano, enquanto essas associações enfrentavam milhares de processos por fraudes nas filiações dos segurados.

As investigações conduzidas pelo Metrópoles impulsionaram a abertura de inquérito pela Polícia Federal e apoiaram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 matérias do portal foram citadas pela PF na representação que motivou a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, que resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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