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terça-feira, 17/06/2025




Senador anuncia criação de comissão para investigar fraudes no INSS

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THAÍSA OLIVEIRA E FERNANDA BRIGATTI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou nesta terça-feira (17) a criação de uma comissão parlamentar mista para apurar irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Apesar da pressão da oposição, parlamentares já indicam que o trabalho da comissão deve começar apenas no segundo semestre. Após o anúncio, os partidos têm a tarefa de escolher os representantes e definir uma data para o início dos trabalhos.

Líderes partidários ressaltam que o Congresso ficará com poucas atividades de quinta-feira (19), data de Corpus Christi, até o fim do mês, período em que muitos deputados e senadores retornam aos seus estados para as festas juninas. O recesso ocorre na metade de julho.

O pedido para instalação da comissão foi apresentado no mês passado, contando com as assinaturas de 36 senadores e 223 deputados federais — um número superior ao mínimo exigido, que é de 27 e 171, respectivamente — e recebeu novas adesões posteriormente, inclusive de membros do governo.

Uma pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 10 e 11, mostra que a maioria dos brasileiros responsabiliza tanto o governo Lula (PT) quanto o governo Bolsonaro (PL) pelas fraudes no INSS, sendo que a percepção negativa em relação à atual gestão petista é mais intensa.

A crise envolvendo descontos associativos impediu a recuperação da popularidade de Lula, que em junho manteve o maior índice de rejeição registrado em seus três mandatos — 40% da população considera o governo atual ruim ou péssimo.

O governo tenta impedir a instalação da comissão, argumentando que já existem investigações em andamento pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), além de uma ação cautelar da Advocacia-Geral da União (AGU) visando o bloqueio dos bens das entidades envolvidas.

Na última quinta-feira (12), a 7ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal ordenou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões pertencentes a 12 associações e seus dirigentes que estão sendo investigados. O intuito da medida da AGU é usar esses valores para ressarcir as vítimas das fraudes.




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