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segunda-feira, 24/11/2025




Senado vai analisar indicação ao STF no momento certo, diz Alcolumbre após elogio

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Em Brasília

CAIO SPECHOTO
FOLHAPRESS

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), publicou nesta segunda-feira (24) uma nota em resposta à tentativa de aproximação de Jorge Messias, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No comunicado, Alcolumbre afirma que a indicação será avaliada “no momento certo”, sem mencionar diretamente Messias.

Mais cedo, o indicado pelo presidente Lula elogiou o presidente do Senado em um texto. Messias busca aproximação com Alcolumbre, que inicialmente preferia que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fosse o indicado para o STF. Para assumir a vaga, o indicado precisa obter a aprovação de ao menos 41 dos 81 senadores.

No comunicado, Alcolumbre afirma ter recebido “com respeito institucional” a manifestação do indicado ao Supremo Tribunal Federal.

“O Senado cumprirá sua função garantida pela Constituição, realizando a sabatina, analisando e decidindo sobre a indicação feita pelo presidente da República”, declarou o presidente do Senado.

Ele também ressaltou que cada Poder dentro da República age conforme suas atribuições, mantendo o equilíbrio institucional e o respeito aos procedimentos legais. Isso indica que o ritmo da avaliação e a decisão sobre Messias cabem exclusivamente ao Senado.

“O Senado fará a análise no momento certo, garantindo que cada senador possa compreender a indicação e votar livremente”, disse Alcolumbre.

Em 2021, quando era presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela sabatina dos indicados, Alcolumbre chegou a adiar por quatro meses a indicação de André Mendonça, feita pelo então presidente Jair Bolsonaro.

A indicação de Messias tem gerado tensão entre o governo e o Senado, porque Alcolumbre e outros senadores preferiam que o indicado fosse Rodrigo Pacheco. O próprio Pacheco foi informado recentemente por Lula que não será indicado para o STF, e que o presidente gostaria que ele concorresse ao governo de Minas Gerais. No entanto, Pacheco demonstra interesse em deixar a vida pública.

Alguns senadores expressam, em reserva, preocupação de que Messias possa ter postura semelhante à do ministro Flávio Dino, indicado por Lula, que tem tomado decisões que dificultam o pagamento de emendas parlamentares, ferramenta importante para o trabalho dos congressistas em suas bases eleitorais.

Messias é advogado-geral da União desde o início do mandato atual de Lula e tem 45 anos. Ele já trabalhou em várias funções ligadas ao PT e seus governos.




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