O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), suspendeu a sessão plenária desta terça-feira (9/9) e enfrentou críticas da oposição. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegaram que a decisão visa evitar críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que votou para condenar o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.
O líder do Partido Novo no Senado, Eduardo Girão (Novo-CE), afirmou que Alcolumbre se “omitiu” ao não incluir na pauta o pedido de impeachment de Moraes, que já conta com 41 assinaturas, e classificou o julgamento de Bolsonaro e seus aliados no STF como uma “absurda decisão”.
“O Senado poderia ter cumprido seu papel. O presidente Davi Alcolumbre dispõe de 41 assinaturas para aprovar o impeachment e garantir o equilíbrio entre os poderes, mas optou por não agir. […] Desde quando uma sessão é suspensa para não dar destaque à absurda decisão ocorrida do outro lado da Praça dos Três Poderes?” questionou.
As declarações foram feitas durante coletiva liderada pelo senador e filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Senado. Os bolsonaristas criticaram a decisão de Moraes, a condução do caso no Supremo e também afirmaram possuir provas de suposta fraude processual no gabinete do ministro, apresentadas pelo ex-assessor Eduardo Tagliaferro.
A suspensão da sessão ocorreu devido à realização da sessão solene do Congresso Nacional destinada à promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que estabelece novas diretrizes para o pagamento de precatórios pelos municípios.