O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (28/10) um projeto que elimina as tarifas que o ex-presidente Donald Trump impôs ao Brasil. A votação foi apertada, com 52 votos a favor e 48 contra, e o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Representantes para ser implementado.
O projeto, apresentado pelo senador democrata Tim Kaine, do estado da Virgínia, visa terminar o estado de emergência nacional decretado por Trump em julho deste ano, que justificou a imposição de tarifas que chegavam a 50% sobre produtos brasileiros.
Trump justificou as tarifas como uma resposta a ações do governo brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado em setembro a mais de 27 anos de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Entre os republicanos, cinco senadores apoiaram o projeto de revogação: Mitch McConnell, Thom Tillis, Rand Paul, Lisa Murkowski e Susan Collins. Essa decisão indica uma aliança incomum entre democratas e alguns opositores republicanos.
Tim Kaine declarou que a votação tem um significado simbólico e visa pressionar o governo dos Estados Unidos a rever a política tarifária que considera prejudicial para a economia e para as relações comerciais com países parceiros históricos, como o Brasil.
Na última reunião oficial em Kuala Lumpur, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram sobre as tarifas e sanções, discutindo as questões econômicas e políticas entre os países. Durante o encontro, Bolsonaro foi mencionado, mas não foi foco principal da conversa. Lula destacou a seriedade do julgamento do ex-presidente e afirmou que ele pertence ao passado, apontando para um futuro de negociações mais produtivas.
A Casa Branca divulgou uma nota em suas redes sociais ressaltando que o encontro foi construtivo e antecipou bons acordos comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O governo dos Estados Unidos manifestou otimismo sobre a continuidade das boas relações comerciais entre as duas nações.
