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terça-feira, 28/10/2025

Senado aprova projeto para combater sonegação e endurecer punição para adulteração de bebidas

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CATARINA SCORTECCI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (28) um projeto de lei complementar que cria formas de combater a sonegação de impostos, autorizando a União, estados e municípios a aplicarem ações contra empresas que não pagam impostos repetidamente.

No mesmo projeto, os senadores classificam a adulteração de bebidas que possa causar danos graves ou morte como crime hediondo, motivados por recentes casos de intoxicação por metanol. O projeto agora seguirá para votação no plenário do Senado.

Entre as medidas para combater a sonegação, o texto traz a “concentração da incidência do tributo”, que permite cobrar o imposto em apenas uma fase da produção ou venda, e não em todas as etapas. Outra medida prevista é a fiscalização constante em empresas suspeitas de irregularidades.

União, estados e municípios interessados em adotar essas medidas especiais precisarão criar suas próprias leis para isso.

Para que uma empresa seja incluída nesses regimes especiais de tributação, deve haver indícios de que a sonegação praticada por ela prejudica a concorrência e desequilibra o mercado.

O relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), explicou que os instrumentos poderão ser usados em setores mais propensos a fraudes, como combustíveis, bebidas alcoólicas e cigarros.

O relator também decidiu incluir no mesmo projeto mudanças relacionadas à falsificação de bebidas alcoólicas, alterando o Código Penal e a Lei dos Crimes Hediondos.

No Código Penal, a alteração aumenta a pena para quem adulterar ou falsificar produtos com potencial para causar lesão grave ou morte, passando de 4 a 8 anos para 5 a 10 anos de prisão, além de multa.

Além disso, o crime de adulteração passa a ser considerado hediondo, o que implica punições penais mais duras. O projeto ainda deve ser votado no plenário do Senado Federal.

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