Após fracassarem as negociações para formação de um governo, Israel voltará a ter eleições para eleger um novo parlamento. O pleito foi marcado para março de 2020 e esta será a terceira vez que os israelenses irão às urnas em menos de um ano.
O prazo para a formação de um novo governo terminou nesta quinta-feira (12). A falta de acordo não permitiu que os dois principais partidos do país formassem coalizão com maioria para governar.
Houve inclusive uma tentativa mal sucedida de se formar uma ampla coalizão entre o partido direitista Likud, do atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o Azul e Branco, do líder opositor, Benny Gantz.
A crise se agravou diante das acusações de corrupção que recaem sobre Netanyahu. É a primeira vez que um premiê israelense é processado no exercício do mandato.
No cargo desde 2009, Netanyahu disse que não vai renunciar, chamando a ação de “tentativa de golpe” e de “caça às bruxas”.
A inabilidade de superar o impasse tem alimentado críticas sobre o sistema – que é chamado pelos israelenses de a única democracia no Oriente Médio.
De acordo com a agência Associated Press, outra campanha e um novo feriado para o dia das eleições vão custar bilhões à economia de Israel.