A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), atribuiu o crescimento da dívida pública do Brasil ao elevado nível da taxa básica de juros, a Selic, que é estabelecida pelo Banco Central e atualmente está em 15% ao ano.
Em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (22/12), a ministra ressaltou que o aumento da dívida não está relacionado aos gastos do governo.
“O principal fator para o crescimento da dívida pública continua sendo a taxa Selic de 15% ao ano, e não as despesas governamentais, ao contrário do que frequentemente é informado na mídia neste período do ano”, afirmou Gleisi.
Ela também destacou que os juros elevados encarecem o crédito e dificultam o avanço econômico do país.
“Indicam um aumento de 5% acima da inflação nas despesas, mas querem deixar de lado que os juros estão 10% acima da inflação. Esses juros altos, que dificultam o acesso ao crédito e limitam o crescimento econômico, são os responsáveis pelo crescimento da dívida pública. Ao consumir recursos do Orçamento, os juros da dívida comprometem a oferta de serviços públicos, os programas sociais e os investimentos governamentais para o desenvolvimento nacional”, explicou Gleisi Hoffmann.
Em 10 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano, decisão unânime entre seus membros.
No comunicado, o órgão indicou que o atual nível da taxa Selic deve permanecer estável por um período considerável.
Segundo informações do Tesouro Nacional divulgadas no final de novembro, a dívida pública federal teve um aumento de 1,62%, alcançando o montante de R$ 8,253 trilhões em outubro. A dívida pública é contraída pelo Tesouro para cobrir o déficit orçamentário do governo federal, que ocorre quando as despesas públicas superam as receitas arrecadadas.

