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sábado, 08/11/2025




Selic alta incomoda, mas política monetária deve agir, afirma Ceron

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Em Brasília

LEONARDO VIECELI
FOLHAPRESS

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou na quarta-feira (24) que a taxa básica de juros (Selic) de 15% ao ano causa dificuldades e não é positiva para as finanças públicas.

Ele, no entanto, reconhece que o Banco Central precisa usar essa ferramenta para controlar a inflação e ajustar as expectativas do mercado econômico. De acordo com o secretário, esse ajuste já está acontecendo.

“A maior parte da dívida está ligada à Selic. Por isso, ela pesa bastante e aumenta o déficit público”, explicou Ceron aos jornalistas no Rio de Janeiro.

“É claro que, do ponto de vista fiscal, a taxa tão alta causa impacto negativo, mas a política monetária precisa cumprir seu papel”, acrescentou.

Ceron elogiou o Banco Central, que indicou manter os juros estáveis por um período maior para controlar a inflação.

“Sempre digo que essa estratégia está dando resultado. As expectativas do mercado estão sendo ajustadas lentamente. É uma questão de tempo.”

Segundo o secretário, apesar dos juros altos, o Brasil está bem posicionado no cenário mundial.

Ele reconheceu os desafios econômicos e fiscais, mas afirmou que outros países enfrentam problemas semelhantes ou até maiores.

Ceron destacou o potencial do Brasil para atrair investimentos na área de sustentabilidade, além de não estar envolvido em conflitos internacionais. Por isso, ressalta, a bolsa de valores nacional tem alcançado recordes.

“O Brasil é um destaque e está atraindo muito interesse dos investidores internacionais”, afirmou. O secretário apontou que os riscos para as contas públicas envolvem a desaceleração da economia e a não aprovação de medidas no Congresso Nacional.




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