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segunda-feira, 07/07/2025

Segurança do Posto da Torre envolvido em tráfico no centro de Brasília

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Em Brasília

Investigação realizada pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) desvendou um esquema de tráfico de drogas que tinha como peça chave um segurança patrimonial. Antes de sua prisão na Operação Iluminado, o indivíduo atuava no Posto da Torre, local reconhecido nacionalmente por ser o ponto de partida da Operação Lava Jato, em março de 2014. A gestão do posto não tem nenhum vínculo com o tráfico, e o segurança foi desligado meses antes da operação ser deflagrada.

Traficantes, profissionais do sexo e consumidores de drogas frequentam regularmente o complexo comercial do posto, composto por bares e lanchonetes. Com o intenso movimento no local, os criminosos viam uma oportunidade lucrativa no tráfico. A coluna Na Mira apurou que o então vigilante, Alexandre Oliveira de Almeida, 43 anos, era responsável pela entrega das substâncias ilícitas.

Com a constante presença da Polícia Militar nas imediações do posto, Alexandre era visto como alguém confiável. Ele trabalhava sob o comando do traficante que liderava a organização com rigidez, Tiago Ribeiro da Silva, que se fazia presente armado e controlava seus subordinados. Ambos foram detidos durante a mesma ação policial.

A Operação

A investigação da PCDF focou tanto em Alexandre quanto em Tiago, ambos apontados como responsáveis pelo tráfico nas proximidades do Posto da Torre e do Setor Hoteleiro Sul. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços no Guará e Santa Maria.

Durante a ação foram apreendidos anabolizantes, maconha, dinheiro em espécie, balança de precisão, máquina de cartão e invólucros para embalar drogas.

Tiago possui antecedentes criminais por posse de arma de fogo restrita, estelionato, calúnia, apropriação indébita, agressão e descumprimento de ordem judicial. Já Alexandre não tinha registros anteriores. A pena para o crime varia de cinco a quinze anos de prisão, além de multa.

Posto da Lava Jato

O Posto da Torre pertence ao doleiro Carlos Habib Chater, condenado a 10 anos e 11 meses de prisão por crimes financeiros. A sentença foi aplicada pelo ex-juiz federal Sergio Moro em setembro de 2018.

O posto expandiu seus serviços para além do comércio de combustíveis, incluindo uma lanchonete árabe, bar e loja de conveniência. O nome da operação faz referência ao Posto da Torre, embora nunca tenha havido serviço de lavagem de carros no local.

Durante as investigações da Polícia Federal, o posto foi identificado como um centro de movimentação de propinas, gerenciando recursos que ultrapassaram R$ 10,8 milhões entre 2007 e 2014. A perícia da PF comprovou trânsito de dinheiro em 375 contas bancárias.

No posto funcionava também uma casa de câmbio, hoje encerrada, chamada ValorTur, apontada por agentes federais como envolvida em lavagem de dinheiro.

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