Após o caso de agressão brutal envolvendo uma menina espancada pelo padrasto, que está foragido, o pai do agressor, Vanderlan Ramos Silva, secretário de Esportes de Cachoeiras de Macacu (RJ), se pronunciou nas redes sociais negando que esteja escondendo o filho. Ele ressaltou que seu filho, de 33 anos, é um adulto responsável por suas ações.
Em sua publicação no Instagram, Vanderlan Ramos Silva afirmou: “Diante dos boatos que circulam, esclareço que não estou escondendo meu filho. Sou uma pessoa de bem e justa. Meu filho tem 33 anos e não é uma criança, mas um adulto, plenamente responsável por seus atos. Cabe a ele tomar suas próprias decisões.”
O secretário acrescentou ainda: “Apenas deixo o conselho de homem: que ele cumpra e siga as determinações da Justiça.”
No sábado, a menina foi encaminhada a uma unidade de saúde e depois transferida para um hospital em São Gonçalo, apresentando múltiplos hematomas, especialmente na cabeça. Inicialmente, a mãe alegou que a filha havia sofrido uma queda da cama, mas mudou a versão após exames de tomografia apontarem lesões incompatíveis com queda.
Pressionada, a mãe admitiu que a menina vinha sendo agredida pelo padrasto, Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, que permanece foragido e é procurado pelas autoridades.
Por decisão judicial do Rio de Janeiro, a guarda da criança foi transferida para a avó materna. A mãe, afastada da filha, usou as redes sociais para se defender, afirmando que ninguém pode questionar sua maternidade.
Em um vídeo gravado pela avó paterna, a menina relatou que o “tio Link” a agrediu, e que a mãe teria testemunhado a situação pela câmera, confrontando o companheiro e impedindo a continuação da violência.
Linneker é procurado pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). Segundo a 159ª Delegacia de Polícia (Cachoeiras de Macacu), o investigado nunca compareceu para prestar esclarecimentos.
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, declarou enfaticamente: “Vamos prender esse marginal.” Esta declaração foi feita em resposta a um post do deputado estadual Renan Jordy (PL).
Diante da gravidade do caso, o inquérito foi concluído e enviado à Justiça, que expediu mandado de prisão preventiva por tentativa de feminicídio e tortura.
A menina recebeu alta hospitalar na tarde da última quinta-feira.