Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, afirmou que o projeto Sergipe Águas Profundas (Seap) não será adiado mesmo se as mudanças no Preço de Referência (PR) do petróleo no setor elétrico não forem vetadas.
Ela ressalta que as conversas com a empresa que apresentou a melhor proposta para as plataformas Seap 1 e 2 continuam. Três companhias enviaram ofertas para a construção de dois FPSOs para o projeto Seap, abertas em outubro. A proposta mais vantajosa, no valor de US$ 3,65 bilhões, é da SBM. A segunda foi a indiana Shapoorji com US$ 4,33 bilhões, seguida pela japonesa Modec com US$ 5,26 bilhões.
Renata Baruzzi explicou que a negociação busca alinhar aspectos técnicos e econômicos para avançar no projeto. Ela falou isso durante o lançamento de uma planta piloto da Coppe/UFRJ, que recicla resíduos plásticos em óleo e gases reutilizáveis na indústria petroquímica.
Por outro lado, outros projetos, como o campo de Albacora na bacia de Campos, que teve sua licitação suspensa, podem ser afetados caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vete a mudança no Preço de Referência do petróleo.
Sudoeste de Tartaruga Verde
A descoberta mais recente, Sudoeste de Tartaruga Verde, ainda não tem o projeto definido e uma decisão de investimento será tomada somente após a declaração de comercialidade, segundo Baruzzi.
Renata Baruzzi destacou que ainda há muito trabalho pela frente para determinar se haverá uma plataforma ou conexão com plataformas existentes (tie back), já que o projeto ainda está em fase inicial.
Na segunda-feira, a Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou que a Petrobras está considerando não encomendar uma nova plataforma para esse campo, com o objetivo de tornar o projeto mais eficiente e rápido, preferindo o uso de tie back, que é menos custoso.
Estadão Conteúdo

