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segunda-feira, 24/11/2025




Saúde pública do DF reforça suporte a pessoas com ostomia

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Em Brasília

Renato Assumpção, 55 anos, sempre cuidou da sua saúde. Mesmo com exames normais, sentia desconforto após as refeições. Após diversos exames, só uma colonoscopia revelou o problema: câncer no intestino grosso, diagnosticado em fevereiro de 2020.

Foi feita cirurgia meses depois e inicialmente ele esperava não precisar usar bolsa de colostomia, mas a doença havia afetado o reto e a bolsa tornou-se definitiva. Surgiram dificuldades como evitar ficar muito tempo em pé e a necessidade constante de ajuda, principalmente da esposa, o que trouxe muito estresse.

Reabilitação

O Centro Especializado em Reabilitação (CER) II de Taguatinga foi essencial para sua adaptação. No início, ele visitava a unidade a cada 15 dias para troca da bolsa e depois passou para uma vez por mês após aprender o procedimento.

A unidade acompanha cerca de 498 pacientes com ostomia da Região de Saúde Sudoeste, que inclui Taguatinga e áreas vizinhas. Segundo a supervisora Kênia Cardoso, a reabilitação vai além do aspecto físico, incluindo apoio emocional e social, ensinando cuidados com a estomia, uso adequado dos coletores, prevenção de problemas e incentivo ao cuidado pessoal.

O atendimento conta com uma equipe de três enfermeiras e duas técnicas de enfermagem, além de outros profissionais quando necessários. Os pacientes podem ser atendidos por encaminhamento ou espontaneamente, com frequência adaptada às necessidades de cada um. Além do CER II em Taguatinga, outros 11 ambulatórios fazem atendimentos em diferentes regiões.

O CER II criou o grupo Multi Boas-Vindas Ostomia para acolher novos pacientes, discutir os tipos de ostomia e tratar questões intestinais como diarreia, prisão de ventre e gases. O grupo também destaca a importância do acompanhamento nutricional, com encontros mensais às 9h.

Conscientização

Em novembro, é celebrado o Dia Nacional dos Ostomizados (16 de novembro), instituído pela Lei nº 11.506/2007, para divulgar informações que ajudam a combater o preconceito contra pessoas com estomia.

O que é estomia?

Estomia é uma abertura feita para conectar órgãos internos ao exterior do corpo, permitindo respiração, alimentação ou eliminação. Pode ser necessária por diversas causas, como má formação, tumores, doenças intestinais e traumas. Os tipos mais comuns são colostomia, ileostomia e urostomia, que usam bolsas coletoras para saída de fezes ou urina. No Brasil, pessoas com estomia são reconhecidas como pessoas com deficiência, conforme a Lei nº 13.146/2015.

*Informações fornecidas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)




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