Bruno Correa da Hora Fernandes, ex-terceiro-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi afastado da corporação, conforme anúncio no Diário Oficial do Distrito Federal nesta quarta-feira (12/11). Ele foi condenado pelo Tribunal do Júri de Ceilândia em 24 de outubro pelo assassinato do feirante Cledson de Caldas Souza.
Bruno disparou contra Cledson, atingindo sua cabeça e braço, após um incidente de trânsito no dia 31 de dezembro de 2023, véspera de Ano Novo.
O ex-policial foi condenado por homicídio qualificado, uso ilegal de arma de fogo restrita, dirigir embriagado e porte ilegal de arma de fogo como membro da PM. Ele recebeu sentença de 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado, sem direito a recursos em liberdade.
Amigos e familiares de Cledson, conhecido como Keke, aguardaram quase dois anos e acessaram a justiça. A irmã da vítima, Tereza Cristina, expressou sua gratidão e alívio com a decisão judicial.
Relembrando os fatos
Bruno estava com sua esposa e amigos quando foram a um local para lanchar na CNM 1, onde Cledson se encontrava, aparentemente alterado. Bruno tentou convencê-lo a sair do local, o que levou a uma discussão. Ambos deixaram o local, mas se encontraram novamente em um semáforo na Avenida Hélio Prates.
Segundo Bruno, Cledson teria agredido o vidro do carro e o ameaçado, o que o levou a atirar com medo pela própria vida.
Sindicato e repercussões
Tereza comentou que Bruno alegou legítima defesa e acreditava que seu irmão sobreviveria ao tiro na cabeça. A investigação foi conduzida pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), mas o policial não foi afastado imediatamente após o crime.
Bruno ingressou na PMDF em 2014 como terceiro-sargento do Quadro de Praças Policiais Militares Combatentes (QPPMC), recebendo salário básico de R$ 9.167,01, conforme dados oficiais.
