Samarco teve um prejuízo líquido de US$ 1,05 bilhão no terceiro trimestre, mesmo registrando melhores resultados operacionais e aumento na produção. Esse prejuízo ocorreu devido a variações cambiais e custos relacionados à reparação da barragem que rompeu em Mariana, em 2015.
A produção da mineradora cresceu 64%, atingindo 4,1 milhões de toneladas de finos e minério de ferro, o maior volume desde a retomada das atividades em dezembro de 2020. As vendas de pelotas e finos aumentaram 108% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 4,1 milhões de toneladas.
A receita líquida da empresa no terceiro trimestre chegou a US$ 440,2 milhões, um aumento de 52% comparado ao ano anterior. O preço médio das pelotas foi de US$ 120,9 por tonelada, mostrando queda em relação a US$ 147,5 do período anterior. A redução do preço foi influenciada pela menor demanda global e pela cautela econômica mundial.
O resultado financeiro negativo de US$ 730,8 milhões foi causado principalmente pela variação cambial sobre passivos e despesas financeiras ligadas às obrigações de reparação da barragem. Segundo o diretor de Estratégia, Financeiro e Suprimentos, Gustavo Selayzim, há desafios no curto prazo, mas a expectativa de demanda por pelotas a longo prazo permanece positiva.
O Ebitda ajustado totalizou US$ 230 milhões, um crescimento de 47% em comparação ao mesmo período do ano passado.
