O montante acumulado na caderneta de poupança até o mês de agosto foi 15 vezes superior ao registrado no mesmo período de 2024. No corrente ano, a poupança apresentou uma captação líquida negativa de R$ 63,5 bilhões, indicando que os saques superaram os depósitos.
Em agosto do ano anterior, a captação líquida negativa foi de R$ 4,1 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) na sexta-feira, 5 de setembro.
Em agosto de 2025, os brasileiros retiraram líquidos R$ 7,6 bilhões da caderneta de poupança. Segundo o BC, os depósitos foram de R$ 346,8 bilhões e os saques totalizaram R$ 354,4 bilhões no referido mês.
Esse resultado é a maior captação líquida negativa registrada para meses de agosto desde 2023, quando a poupança teve uma retirada de R$ 10 bilhões. No acumulado do ano, os saques excederam os depósitos em seis meses.
A maior saída de recursos foi em janeiro, com retiradas líquidas de R$ 26,2 bilhões, enquanto o maior saldo positivo ocorreu em junho, com R$ 2,1 bilhões.
A seguir, o desempenho mensal da poupança em 2025:
- Janeiro: R$ 26,2 bilhões (saída)
- Fevereiro: R$ 8 bilhões (saída)
- Março: R$ 11,5 bilhões (saída)
- Abril: R$ 6,4 bilhões (saída)
- Maio: R$ 336,9 milhões (entrada)
- Junho: R$ 2,1 bilhões (entrada)
- Julho: R$ 6,2 bilhões (saída)
- Agosto: R$ 7,6 bilhões (saída)
A remuneração atual da caderneta de poupança é calculada pela soma da taxa referencial (TR) mais uma taxa fixa mensal de 0,5%. Esse sistema permanece válido enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros está em 15% ao ano.