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quinta-feira, 21/11/2024
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Saidinha: senador do PT pede liberação da bancada para derrubar veto de Lula

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Veto deve ser analisado nesta quarta, 24, e expectativa é de que governo seja derrotado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) pediu à liderança do PT no Senado que libere a bancada para se posicionar contra o veto do presidente Lula (PT) ao projeto da “saidinha”. O texto de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi aprovado no Senado em fevereiro e na Câmara em março sem resistência do governo. A expectativa de parlamentares ouvidos pela coluna é de que o veto, pautado para sessão do Congresso desta quarta, 24, seja derrubado.

O senador Contarato argumentou a seus correligionários que é a favor do fim do benefício e votará pela derrubada do veto. Em razão dessa divergência interna dele e de outros membros contra a saidinha, entende que o ideal é a liberação da bancada. Ou seja, que no momento da votação o líder Beto Faro (PT-PA) não posicione o partido nem pelo “sim”, nem pelo “não”.

Nos últimos dias, Contarato se reuniu com a bancada e articuladores do governo que defendem a manutenção do veto sob o argumento de que viola o princípio da dignidade humana. O capixaba não se convenceu dos argumentos e manterá sua posição. O senador cita como exemplo um caso hipotético de homicídio com condenação de 9 anos, que se o preso tiver reduções por tempo de cumprimento da pena, bom comportamento e trabalho, resultaria em um pouco mais de dois anos de reclusão, abaixo do que definido inicialmente pela Justiça.

Ele justifica que a restrição da saidinha deveria, inclusive, ser ampliada para crimes de corrupção, contra o sistema financeiro, hediondos, de tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e racismo.

Contarato fez carreira como delegado da Polícia Civil e se posicionou publicamente pelo fim da saidinha. À época da votação do projeto no Senado ele ocupava a liderança da bancada e assim como o governo, liberou a bancada. O texto foi aprovado por 62 votos a favor, dois contrário – Rogério Carvalho (PT-SE) e Cid Gomes (PSB-CE) – e uma abstenção.

Além de Contarato, Augusta Brito (PT-CE) e Beto Faro (PT-PA) foram favoráveis ao projeto. Pelo PT, não votaram: Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS) e Teresa Leitão (PT-PE).

A liderança do PT no Senado informou à coluna na noite de terça, 23, que ainda não há definição sobre o posicionamento da bancada.

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