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domingo, 24/11/2024
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Saiba como se proteger ao realizar um pagamento via WhatsApp

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Pagamento via WhatsApp exige cuidados para evitar clonagem da conta. Brasil será o primeiro país a usar o serviço no mundo

WhatsApp: aplicativo libera pagamentos entre amigos e empresas no Brasil (SOPA Images/Getty Images)

As operações de pagamento via WhatsApp vão facilitar a vida dos usuários com a possibilidade de enviar e receber dinheiro, usando cartões cadastrados, fazer transferências bancárias de forma mais ágil e com custo zero para pessoa física, ou mesmo comprar produtos e serviços sem sair da plataforma.

Mas o novo meio de pagamento também traz um grande desafio sobre a segurança dos dados, especialmente pela multiplicação de golpes e clonagem de contas.

O Brasil será o primeiro país a usar o serviço, que terá como parceiros BB, Cielo, Nubank, entre outros. O limite será de R$ 1 mil por transação.A ferramenta permite transferir e receber dinheiro em transações instantâneas, usando cartões de débito habilitados no Facebook Pay. Além disso, contas cadastradas no WhatsApp Business podem receber pagamentos por produtos e serviços.

Entre outros cuidados necessários, é preciso ficar atento ao clicar em links enviados pelos próprios contatos, como amigos e parentes. Além disso, é preciso se certificar sobre a identificação do usuário antes de fazer pagamentos e enviar recursos, assim como evitar o compartilhamento de dados do cartão.

Para advogados e especialistas em meios de pagamento, o envio de dinheiro via WhatsApp vai baratear os custos para pessoas físicas e lojistas e tem potencial para aumentar a inclusão bancária.

Por outro lado, eles alertam para os riscos de vazamentos de dados dos usuários e para as ações de hackers, que clonam contas de WhatsApp e roubam dados, como números de cartões e CPFs.

Para eles, embora seja necessária uma atualização das políticas de proteção de dados pela plataforma, os cuidados para evitar a clonagem de contas e o vazamento de informações também são um exercício diário para os usuários.

Rodrigo Dias Pinho Gomes, coordenador de Direito e Tecnologia da Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ, avalia que a operação é um passo importante na facilitação de meios de pagamento pela possibilidade de transferência gratuita entre usuários, simplificação de processos e redução de custos para negócios e lojistas que operam por meio da plataforma.

Os pagamentos são feitos dentro de uma função chamada Facebook Pay. Além do WhatsApp, o Facebook é dono do Instagram.

Política de privacidade

Gomes observa que será necessário implementar mudanças nas políticas de privacidade e protocolos de proteção de dados dos usuários da rede social, com informações claras sobre locais de armazenamento e compartilhamentos das informações pessoais.

— Hoje, as mensagens trocadas entre os usuários do WhatsApp são criptografadas, o que quer dizer que você tem uma segurança. Mas o Facebook vai repassar dados do usuário a terceiros fora da plataforma, que, neste caso, são as instituições financeiras parceiras. As informações ficarão mais expostas. Quantas milhões de transações serão feitas por dia? Não é ilegal, mas o WhatsApp tem que garantir a segurança disso, porque atrai um risco muito grande. As informações podem ser acessadas por hackers — lembrou Rodrigo.

Dinheiro sujo

George Leandro Luna Bonfim, do escritório Natal & Manssur, especialista em propriedade intelectual e proteção de dados, ressalta que os usuários deverão redobrar os cuidados para minimizar os riscos de terem suas contas invadidas:

— Como toda ferramenta que facilita envios de dinheiro e transações financeiras, é importante destinar o pagamento e autorizar a remessa de dinheiro. É preciso ter cuidado com dados pessoais e evitar clicar em links que chegam por meio de contatos para reduzir as chances de clonagem do celular, que poderá permitir o acesso ao WhatsApp — afirma George.

O coordenador de Direito e Tecnologia da Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ, Rodrigo Dias Pinho Gomes, lembra que as transações serão comunicadas ao Banco Central (BC) pelas instituições financeiras parceiras do WhatsApp na operação do sistema.

Segundo ele, isso ajudará a rastrear as operações financeiras ilegais e a lavagem de dinheiro. O limite diário de recursos por operação também ajuda a coibir este tipo de crime.

— Embora seja um volume muito elevado de transações diárias, essas informações vão ficar registradas no sistema bancário e serão 100% rastreáveis, porque terão regulação e não passarão à margem do sistema bancário. As operações com criptomoedas (peer to peer) são muito mais difíceis de rastrear — exemplificou.

Negócios

Luiz Fabbrine, sócio de serviços financeiros e fintechs da consultoria Bip, observa que a ferramenta vai ajudar a reduzir significativamente os custos de operação de pequenos negócios no Brasil, especialmente aqueles que migraram para serviços digitais durante a pandemia:

— Estas transações com pagamento quase instantâneo trazem agilidade para o recebedor com um custo menor. É provável que surjam outras ferramentas que possam oferecer serviços como este, aumentando a concorrência. Para o lojista, o novo meio significa receber o fluxo de pagamento de forma mais rápida. Hoje, normalmente a cadeia de pagamentos tem muitos intermediários. Estas inovações tendem a tornar o processo mais rápido do ponto de vista do lojista — ressaltou.

As empresas pagarão uma taxa de processamento para receber os pagamentos dos clientes, semelhante às cobranças feitas em operações com cartões de crédito. Com o recurso do WhatsApp, além de ver os produtos no catálogo, os clientes poderão fazer o pagamento dos itens escolhidos sem sair do WhatsApp.

Saiba como se proteger de golpes:

  • Utilize aplicativos e sistemas de antivírus para proteger o celular e o computador.
  • Tenha cuidado ao tocar em links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais.
  • Sempre verifique as informações compartilhadas nos sites oficiais das empresas
  • Desconfie de promoções, brindes e descontos.
  • Nunca compartilhe dados pessoais em sites dos quais não conhece a procedência.

(Fonte: Dfndr lab – Laboratório especializado em segurança digital da PSafe)

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