O ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou nesta quinta-feira (20/11) que a principal preocupação é garantir a segurança das pessoas, após um incêndio atingir uma parte do pavilhão dos países na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém. A região afetada foi rapidamente evacuada e, segundo o ministro, as chamas já foram controladas.
“É um procedimento habitual evacuar a área diante desses casos. Logo saberemos a causa do incêndio. Ainda não temos informações sobre o início do fogo e não há relatos de feridos”, explicou Sabino.
Ele ressaltou que a origem do fogo será determinada pelos especialistas técnicos: “Pode ter sido um curto-circuito, mas isso só será confirmado pelos profissionais responsáveis”.
O incidente provocou agitação na Blue Zone — local onde ocorrem as negociações oficiais, encontros dos líderes e pavilhões nacionais. A sala da imprensa também precisou ser esvaziada por precaução, enquanto a segurança orientava os participantes a deixar o local.
Contexto da Conferência COP30
A primeira semana da COP30 acontece em Belém (PA) desde 10 de novembro, com debates sobre adaptação climática, financiamento, transição justa e a polêmica questão dos combustíveis fósseis, com clima de cautela entre os participantes.
O Brasil considera esta edição como “a COP da verdade”, onde serão discutidos os mecanismos para garantir a meta de US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até 2035.
A Blue Zone, organizada pela UNFCCC, é o núcleo da conferência, reunindo negociações oficiais, a Cúpula de Líderes e os pavilhões nacionais. O acesso é restrito a delegações, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada.
Localizada no Parque da Cidade, essa área é o centro das decisões sobre políticas climáticas globais.
Sabino minimizou o incidente e destacou que esse tipo de pequeno incêndio pode ocorrer em eventos grandes ao redor do mundo, independente da cidade onde aconteça. Ele também criticou o preconceito contra Belém: “Foi um princípio de incêndio, algo que pode ocorrer em qualquer evento grandioso. Não é algo exclusivo de Belém. A cidade já sofre bastante com esse tipo de visão negativa”, afirmou.