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terça-feira, 07/10/2025

Rússia vê envio de mísseis Tomahawk como grave escalada no conflito ucraniano

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A Rússia declarou na terça-feira (7/10) que o possível envio dos mísseis de cruzeiro Tomahawk pelos Estados Unidos para a Ucrânia representa uma grave escalada no conflito regiona. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressaltou o perigo nuclear dessas armas e o impacto que isso pode ter ao aumentar as tensões entre Rússia e países ocidentais.

Segundo Peskov, tal decisão resultaria em uma escalada séria, mas não modificaria o cenário da batalha para o governo de Kiev. Ele também destacou que os Tomahawks podem ser equipados com ogivas nucleares, o que ele considera extremamente preocupante.

Esta declaração ocorreu após comentários do ex-presidente Donald Trump, que indicou estar próximo de decidir quanto ao envio dos Tomahawks, esperando saber o uso que Kiev pretende dar a eles.

Peskov também afirmou que o Kremlin aguarda definições mais precisas por parte de Washington, mencionando que durante a administração Biden os EUA geralmente enviavam armamentos antes de anunciar formalmente essas ações.

Alerta de Putin sobre as consequências do envio dos Tomahawks

Vladimir Putin avisou que o envio desses mísseis para a Ucrânia pode prejudicar seriamente as relações entre Moscou e Washington. De acordo com Putin, o uso dos mísseis pelos americanos poderia exigir a participação direta dos militares dos EUA, marcando uma nova etapa no conflito.

“Isso pode destruir nossas relações, ou ao menos a melhora que vinha surgindo,” afirmou o líder do Kremlin.

Capacidade e influências dos mísseis Tomahawk

Os Tomahawks têm um alcance de até 2.500 quilômetros, podendo alcançar não só alvos na Ucrânia, mas também áreas dentro da parte europeia da Rússia, incluindo a capital Moscou. O vice-presidente americano JD Vance confirmou que os EUA estudam fornecer esses mísseis aos aliados da Otan, que poderiam encaminhá-los a Kiev. Porém, a decisão final ainda depende do ex-presidente Donald Trump.

Esse episódio intensifica a tensão atual entre Rússia e Estados Unidos, poucos meses depois do encontro entre Trump e Putin no Alasca. Desde então, o diálogo entre os dois países tem piorado, marcado por críticas públicas e acusações de pouca disposição para a paz.

Enquanto Trump classificou a Rússia como um “tigre de papel”, Putin rebateu, sugerindo que talvez a verdadeira ameaça venha da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que não teria capacidade de conter o avanço russo no Leste Europeu.

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