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quinta-feira, 23/10/2025

Rússia diz ter provas de que ataque químico na Síria é falso

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O ministro de Relações Exteriores russo afirmou que o ataque químico é uma montagem para culpar a Rússia e o governo de Bashar Al-Assad

Moscou – A Rússia disse nesta sexta-feira dispor de provas irrefutáveis de que o suposto ataque químico de sábado contra a cidade de Duma, no reduto opositor de Ghouta Oriental, foi uma montagem para culpar Moscou e o regime de Damasco.

“Temos dados irrefutáveis de que se trata de uma nova montagem, e que por trás está a mão dos serviços secretos de um país que nestes momento trata de estar na vanguarda da campanha contra a Rússia”, disse o ministro de Relações Exteriores russo, Serguey Lavrov.

Lavrov respondia assim às acusações dos EUA e seus aliados de que o governo de Bashar Al-Assad, protegido pela Rússia, lançou esse suposto ataque no qual morreram cerca de 50 civis.

Em entrevista coletiva após se reunir com seu colega holandês, o chanceler russo lembrou que uma missão de especialistas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) está agora de caminho à Síria.

“Acredito que devem chegar a Damasco amanhã pela manhã e confiamos que se dirijam sem demora a Duma, onde nossos especialistas, que já estiveram no local, não acharam nenhum rastro do uso de armas químicas, seja cloro ou outra coisa”, recalcou.

Ao mesmo tempo, Lavrov advertiu contra a repetição na Síria das aventuras “militares como as que aconteceram em Líbia e no Iraque”.

Lavrov reagia assim aos planos anunciados pelo presidente americano, Donald Trump, de atacar a Síria com “mísseis inteligentes” em represália pelo suposto ataque com armas químicas em Duma, no qual morreram 42 pessoas com sintomas de ter sido expostas a um agente nocivo.

A Rússia defende que as acusações do uso de armas químicas em Duma por parte das forças governamentais sírias são uma tentativa de justificar uma intervenção militar no país árabe.

A este respeito, Moscou, que considera “inadmissível” culpar Damasco do uso de armas químicas em Duma, advertiu que as consequências de um possível ataque dos EUA e seus aliados contra o Exército sírio seriam “graves”, especialmente se as forças russas desdobradas no país forem afetadas.

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